Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O Fenômeno Cultural Shen Yun
NOVA IORQUE — No cenário desafiador das artes cênicas, onde muitas companhias enfrentam dificuldades financeiras e dependem de subsídios para se manter, o Shen Yun Performing Arts se destaca como uma verdadeira exceção. Por meio de um modelo de negócios autossustentável, a companhia não apenas sobreviveu, mas se expandiu para oito troupes, agora em turnê ao redor do mundo.
Fundado por praticantes do Falun Gong, o Shen Yun tem como missão revitalizar a rica cultura tradicional chinesa. Além disso, sua arte é uma poderosa forma de conscientização sobre a repressão enfrentada pelos praticantes do Falun Gong na China comunista.
A Reação da Mídia
No entanto, o sucesso do Shen Yun não veio sem controvérsias. O The New York Times publicou pelo menos nove artigos negativos sobre a companhia em um espaço de cinco meses, com o intuito de questionar sua ética e modelo de negócios. Recentemente, um artigo insinuou que o Shen Yun poderia ter se beneficiado de práticas ilegais, mas deixou essa alegação sem comprovação.
- Os repórteres apontaram que praticantes do Falun Gong organizam e promovem os shows, mas falharam em reconhecer a natureza voluntária e apaixonada desses esforços.
- O artigo também fez afirmações falsas e não incluiu a defesa do Shen Yun sobre essas acusações.
Em resposta, o Shen Yun afirmou: “Nossa trajetória é marcada por um sucesso notável, construído de forma independente, como a companhia de artes cênicas de crescimento mais rápido da história americana.” O grupo critica o New York Times por desconsiderar as verdadeiras razões por trás de seu sucesso.
Uma Experiência Transformadora
O Shen Yun rapidamente se tornou um fenômeno cultural, apresentando anualmente uma nova produção de dança clássica chinesa que retrata “a China antes do comunismo”. Com dançarinos e uma orquestra, a companhia alcança um público global de aproximadamente um milhão de pessoas anualmente. Mas tão impressionante quanto isso é a contínua perseguição aos praticantes do Falun Gong, que começou em 1999, quando o governo chinês iniciou uma campanha repressiva contra a disciplina.
O Falun Gong, que combina meditação com ensinamentos sobre verdade, compaixão e tolerância, ganhou milhões de adeptos na China nos anos 90, levando o Partido Comunista Chinês (PCCh) a vê-lo como uma ameaça. A repressão se intensificou, resultando em prisões em massa e outras formas de perseguição violenta.
A Luta pela Conscientização
Apesar da severidade da situação, muitos praticantes do Falun Gong se organizam voluntariamente para divulgar essa repressão. “É uma crença arraigada que boas ações são recompensadas e as más, punidas”, afirmam. Essas pessoas se esforçam para ajudar aqueles que estão sendo perseguidos, usando a arte como uma forma de comunicar sua mensagem.
Gail Rachlin, uma corretora imobiliária e ex-executiva, se destacou nesse ambiente. Ao ver a chegada do Shen Yun em Nova Iorque, ela percebeu uma oportunidade única de contar a história do Falun Gong e expressar a urgência da luta contra a opressão.
Ela compartilha como o espetáculo ajuda a levantar questões importantes: “O Shen Yun expressa nossa liberdade e é uma maneira eficaz de tocar o coração das pessoas”, afirmou.
Cultura e Contribuições
Os shows do Shen Yun são frequentemente aclamados por suas atuações artísticas e mensagens edificantes. A cada apresentação, eles incluem danças que retratam a perseguição e os mestres de cerimônia ressaltam a impossibilidade de apresentar na China devido à repressão.
Praticantes locais frequentemente têm um papel significativo na organização das apresentações. Convidam a companhia através de associações sem fins lucrativos e financiam os custos de produção, retornando o investimento com a venda de ingressos. No entanto, desmentidos por reportagens que ditam o contrário, muitos dos shows foram extremamente bem-sucedidos.
Desmentindo Falsidades
Embora o New York Times tenha tentado retratar a companhia como dependente de doações e subsídios, apenas 18% de sua receita no último ano veio dessas fontes, conforme revelaram seus documentos financeiros.
Estratégia de Sustentação Financeira
Shen Yun sobreviveu através das vendas robustas de ingressos e, com o crescimento, aumentou os salários de sua equipe, oferecendo também benefícios como a hospedagem e alimentação gratuitas. Utilizam suas receitas para apoiar escolas e iniciativas culturais que preservam a tradição chinesa.
“Nosso objetivo é assegurar a estabilidade financeira para que possamos continuar nossas atividades, mesmo em tempos difíceis”, explicaram. Durante a pandemia, a companhia conseguiu manter todos os seus colaboradores, mesmo sem se apresentar.
A Verdade sobre os Fundadores
Outro ponto controverso levantado pelo New York Times foi a insinuação de que o fundador do Falun Gong, Li Hongzhi, teria se beneficiado financeiramente com o Shen Yun. O Falun Dafa Information Center (FDIC) respondeu a isso afirmando que o Sr. Li não recebe nenhuma renda das atividades da companhia, que é sem fins lucrativos, e todas as obras estão disponíveis online gratuitamente, enfatizando que a motivação não é financeira.
Uma Oportunidade para o Diálogo
O Shen Yun não apenas representa uma vitrine da dança clássica, mas também serve como plataforma para aumentar a consciência sobre as violações dos direitos humanos na China. Os artistas e organizadores veem o espetáculo como uma mensagem de esperança e um chamado à ação.
“Queremos que as pessoas vejam além da propaganda e entendam o que está realmente acontecendo”, disse Rachlin. Assim, a importância do Shen Yun se estende muito além do palco, tocando corações e mentes enquanto se opõe à repressão.
À medida que a companhia continua a crescer e se expandir, ela se torna um símbolo da luta pela liberdade e pela preservação da cultura, lembrando que a arte pode ser uma forma poderosa de resistência e conscientização.
Em um mundo onde a verdade muitas vezes é distorcida, o Shen Yun Performing Arts se ergue como um farol de esperança, promovendo não apenas a cultura, mas também a coragem de enfrentar a injustiça. E assim, no centro dessa narrativa complexa, fica um convite a todos nós: qual é o nosso papel na promoção da verdade e na defesa das liberdades? Compartilhe suas opiniões e vamos juntos explorar essas questões importantes.
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