sexta-feira, março 14, 2025

Revolução nas Compras: A Queda do E-commerce e o Renascimento do Varejo Local!


O Impacto da Tributação no E-commerce Internacional

O e-commerce internacional enfrenta um cenário desafiador no Brasil, com uma clara queda no volume de transações. Dados da Receita Federal, analisados pelo JPMorgan, revelam que, em janeiro deste ano, cerca de 11 milhões de pacotes foram processados pelo programa Remessa Conforme. Esse número está significativamente abaixo dos 14 milhões registrados em novembro de 2024 e distante do auge de 20 milhões de pacotes, números que ocorreram antes da implementação da taxa de importação de 20%.

O Que Está Mudando no Cenário do E-commerce

Todas essas mudanças têm repercussões não apenas no número de transações, mas também no volume financeiro. Em comparação com o ano anterior, houve uma queda de 6% em termos de valores em reais, resultando em um patamar 34% abaixo do que foi verificado em julho de 2024, o último mês antes da nova tributação. Em termos de pacotes enviados, a diminuição foi ainda mais dramática: uma queda de 27% em relação ao ano anterior, colocando os números 43% abaixo do pico histórico.

Curiosamente, a desvalorização do real não se traduziu em um diminuição do tíquete médio das compras em dólar, que continua elevado. Isso tem um efeito intrigante no mercado, pois beneficia os varejistas brasileiros que, por muito tempo, sentiram a pressão da concorrência com as plataformas internacionais. Empresas como Lojas Renner, Hering, Mercado Livre, Magazine Luiza, Petz e C&A estão entre as que podem vir a se favorecer nesse novas condiciones do mercado.

Elevando os Impostos: O Que Esperar?

Uma mudança significativa ocorrerá a partir de abril deste ano, com o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Este novo cenário fará com que a carga tributária total sobre compras internacionais que não excedam US$ 50 vá para 44%. Essa elevação da alíquota do ICMS, que subirá de 17% para 20%, vem após um período de discussões acaloradas e pressão do setor de varejo nacional.

É importante destacar que, embora a nova tributação tenha gerado descontentamento entre os consumidores – garantindo diversas críticas nas redes sociais – ela foi amplamente apoiada por empresários do varejo. A mudança surge em resposta a um pedido contínuo das empresas locais por condições de competição mais justas frente às gigantes internacionais.

O Que Dizem os Especialistas?

A medida, embora vista como um avanço por alguns, foi considerada uma conquista parcial pelo setor. Entre os que apoiavam a tributação, destacaram-se entidades como a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex). Ambas acreditam que esse passo é crucial, mas ainda não suficiente, já que as empresas nacionais lidam com uma carga tributária que varia entre 70% e 110%.

Ao passo que os varejistas brasileiros acolhem essa nova taxação como um movimento positivo, as plataformas internacionais, como a Shein e o AliExpress, enxergam essa ação como um retrocesso. Em declarações, representantes dessas empresas expressaram preocupação com o impacto sobre o poder de compra dos consumidores e a possibilidade de um crescimento reduzido do e-commerce no Brasil.

Por outro lado, a Shopee, já bem estabelecida no Brasil, manifestou apoio à nova alíquota de 20%, destacando que a medida fortalece o empreendedorismo local e não prejudica os vendedores nacionais que representam 90% das vendas na plataforma.

Benefícios para o Varejo Nacional

Segundo análises de mercado, a nova taxação é vista como uma oportunidade para empresas brasileiras, especialmente no setor de vestuário e comércio eletrônico. De acordo com o Citi, o fortalecimento da Lojas Renner e da C&A é esperado, uma vez que estas empresas competem diretamente com as plataformas asiáticas no segmento de moda feminina. Enquanto isso, players como Mercado Livre e Magazine Luiza também poderão se beneficiar, embora de forma mais moderada, devido ao seu perfil de tíquete médio relativamente elevado.

O Que Vem a Seguir para o E-commerce?

A XP destaca que, apesar de a nova tributação reduzir a competitividade das plataformas estrangeiras, a carga tributária ainda permanece desigual em comparação às empresas locais. Além disso, a recente chegada da plataforma Temu ao Brasil introduce uma nova camada de competição, já que a empresa se destaca por suas estratégias de preços agressivos e capacidade de investimento robusta.

Prepare-se para o Futuro do E-commerce

Assim, o cenário do e-commerce internacional no Brasil está em transformação. A nova tributação traz consigo um misto de oportunidades e desafios para empresas locais, ao mesmo tempo que pode complicar a vida de consumidores que buscam as melhores ofertas.

As principais perguntas agora são: Como os consumidores reagirão a essas mudanças? Os varejistas conseguirão se adaptar a esse novo cenário competitivo?

O Que Você Pensa Sobre Isso?

Gostou do que leu? O futuro do e-commerce no Brasil está sendo moldado por esses fatores. O que você acha dessas novas regras? Você acredita que isso ajudará ou prejudicará o mercado? Conceitos de tributação e competitividade vão além de números; eles impactam diretamente a experiência do consumidor e a dinâmica do mercado. Compartilhe suas opiniões e vamos continuar essa conversa sobre o que o futuro reserva para o comércio eletrônico no nosso país!

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