A Revolução na Produção e Consumo de Alimentos de Origem Animal: O Futuro Proposto pelo Relatório da FAO e OCDE

O mundo está em constante transformação e, com isso, novas previsões surgem acerca da produção e do consumo de alimentos. O recente relatório “Perspectivas Agrícolas 2025-2034”, lançado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que as economias emergentes serão as protagonistas no crescimento do consumo e da produção de alimentos de origem animal na próxima década. Mas o que isso significa para o futuro de nossa alimentação? Vamos explorar.

O Impacto nas Economias Emergentess

O documento, apresentado em Roma, traz à tona uma expectativa bastante animadora: a melhora no rendimento dos países de renda média deverá provocar um aumento significativo na produção e no consumo de produtos de origem animal. De forma prática, isso significa que mais pessoas poderão ter acesso a proteínas animais em suas dietas, promovendo uma alimentação mais diversificada e nutritiva.

Crescimento da Produção de Produtos de Origem Animal

Uma das principais projeções do relatório destaca que a produção de alimentos de origem animal, como carne, leite e ovos, deverá disparar nos próximos anos. Essa tendência está diretamente ligada aos avanços no setor agrícola e ao aumento da renda das populações em países em desenvolvimento.

• Aumento na Ingestão Calórica: Com a elevação do padrão de vida, observa-se uma crescente demando por produtos ricos em proteínas.
• Sustentabilidade: O desafio será atender a essa demanda crescente sem comprometer a sustentabilidade ambiental.

Entretanto, experts apontam que será necessário um aumento na produção de alimentos para garantir que as necessidades nutricionais sejam atendidas, ao mesmo tempo em que se busca minimizar os impactos ambientais.

Desafios e Oportunidades: Produtividade e Sustentabilidade

O secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, enfatiza que, para enfrentar esses desafios, será essencial coordenar políticas que visem a abertura dos mercados globais de alimentos, ao mesmo tempo em que se melhora a produtividade e a sustentabilidade do setor agrícola.

A Meta de Redução de Emissões

Um dos objetivos importantes estabelecidos no relatório é a redução das emissões de carbono provenientes da agricultura em 7% até 2034. Esse esforço não deve prejudicar a segurança alimentar; pelo contrário, as duas metas devem caminhar juntas, criando um futuro mais promissor tanto para os produtores quanto para os consumidores.

Para alcançar essa meta desafiadora, algumas estratégias incluem:

• Adoção de Tecnologias Sustentáveis: Implementação de práticas agrícolas que aumentam a produção de forma responsável e diminuem a pegada de carbono.
• Aumento da Produtividade: Melhorar as técnicas de cultivo e alimentação do gado, visando um crescimento sustentável de pelo menos 15%.

O Crescimento das Commodities Agrícolas

As expectativas são de que a produção global de commodities agrícolas e pesqueiras aumente em 14% até 2034. Esse crescimento não vem sem seus desafios, visto que implica na expansão de rebanhos e áreas cultivadas.

Aumento de Produção de Carne, Laticínios e Ovos

De acordo com o relatório, a produção de carne, laticínios e ovos também deverá aumentar:

• Produção de Carne e Laticínios: Um crescimento projetado de 17%, com um aumento correspondente nas emissões diretas de gases de efeito estufa da agricultura.
• Expansão dos Rebanhos: Aumentos significativos nos rebanhos globais de bovinos, ovinos, suínos e aves, que deverão crescer em torno de 7%.

Essa expansão gera um dilema, pois, embora promova o aumento da oferta, também poderá elevar a pressão sobre os recursos naturais, sendo crucial desenvolver estratégias que garantam um equilíbrio.

O Impacto nos Pequenos Agricultores

Apesar das perspectivas otimistas em termos de produção, o estudo também aponta que a queda nos preços reais das commodities agrícolas pode representar um desafio significativo para os pequenos agricultores. Esses produtores, muitas vezes vulneráveis às oscilações do mercado, podem enfrentar dificuldades em adotar inovações tecnológicas necessárias para aumentar a produtividade.

Desafios para a Implementação de Tecnologias

Os pequenos agricultores, que são essenciais para a segurança alimentar em muitas partes do mundo, precisam de suporte para:

• Adaptação às Novas Tecnologias: O acesso a inovações é fundamental para que possam competir em um mercado em transformação.
• Capacitação e Treinamento: Programas de formação e suporte técnico podem ser a chave para enfrentar os desafios da modernização.

Um ambiente onde pequenos produtores têm apoio é benéfico não apenas para eles, mas para toda a cadeia de suprimento de alimentos, garantindo diversidade e segurança.

Considerações Finais

À medida que olhamos para o futuro, o relatório da FAO e OCDE nos convida a refletir sobre a importância de harmonizar o crescimento da produção e do consumo de alimentos de origem animal com práticas sustentáveis. As economias emergentes têm uma oportunidade valiosa de liderar essa transformação, mas, para fazer isso de forma eficaz, precisamos de realinhamento nas políticas agrícolas, apoio aos pequenos agricultores e um compromisso sério com a sustentabilidade.

Convidamos você a se juntar a essa discussão! Como você vê as mudanças nas perspectivas agrícolas? Quais estratégias você acredita que são essenciais para garantir um futuro alimentar sustentável e acessível para todos? Compartilhe suas ideias e vamos construir juntos um futuro melhor na produção e consumo de alimentos.