Artigo traduzido e adaptado do inglês, publicado pela matriz americana do Epoch Times.
Terremoto em Qinghai: Um novo desafio para a região
Em uma reviravolta alarmante, no dia 8 de janeiro, um terremoto de magnitude moderadamente forte abalou a região noroeste da China, especificamente a província de Qinghai. Este evento sísmico ocorreu enquanto equipes de resgate se esforçavam para encontrar sobreviventes de um devastador terremoto que atingiu o Tibete logo no dia anterior.
A magnitude do desastre
O recente tremor, conforme informações do Centro de Redes Sismológicas da China (CENC), teve uma magnitude registrada de 5,5 e ocorreu às 15h44, horário local, com uma profundidade de 14 quilômetros. Já o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) avaliou o terremoto com uma magnitude ligeiramente superior, de 5,7, mas com uma profundidade menor, de 10 quilômetros.
O epicentro foi encontrado no condado de Madoi, situado próximo à nascente do poderoso Rio Amarelo, que é vital para milhões de pessoas na região. Para se ter uma ideia, Madoi, uma cidade com cerca de 14.500 habitantes, está localizada a cerca de 200 quilômetros a oeste do seu epicentro, e se ergue a uma impressionante altitude média de 4.270 metros.
Impacto e avaliações iniciais
As autoridades locais estão acompanhando a situação de perto, avaliando o impacto do terremoto e a potencial tragédia humana resultante. Veículos de comunicação estatal, conhecidos por seu controle rígido sobre a divulgação de informações, relataram que, até o momento, não havia confirmações de vítimas.
Li, um residente da cidade de Ningxia, que fica a mais de 480 quilômetros de Madoi, compartilhou com a Época dos Tempos que não sentiu nenhum tremor e não recebeu alertas das autoridades em seu celular. Ele expressou sua preocupação com a atividade sísmica crescente na região, mas carregava a esperança de que a escassa população do condado de Madoi não enfrentasse perdas significativas.
Um eco de outra tragédia
Este recente terremoto acontece logo após um catastrófico evento sísmico que atingiu o Tibete, onde um terremoto de magnitude 7,1 pela madrugada do dia 7 de janeiro deixou um rastro de destruição e dor. Nesse evento, ao menos 126 pessoas perderam a vida e 188 ficaram feridas, conforme informações das autoridades locais. O epicentro dessa tragédia no Tibete estava situado a aproximadamente 1.000 quilômetros do tremor em Qinghai.
O tremor no Tibete ocorreu por volta das 9h05 do dia 7, e foi fortemente sentido não apenas na província, mas também em países vizinhos, como Nepal, Butão e Índia. Entretanto, até o momento, não há relatos de fatalidades nessas regiões adjacentes.
Terremotos secundários e suas consequências
Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 8 de janeiro, Hong Li, diretor do departamento de gestão de emergências no Tibete, destacou a magnitude da calamidade. Desde o evento inicial, foram registrados 646 tremores secundários, sendo o mais intenso deles de 4,4. Este terremoto foi considerado o mais significativo na região nos últimos cinco anos, resultando no desabamento de mais de 3.600 casas.
Os esforços de resgate estão em andamento, mas as condições climáticas não são favoráveis. A região, conhecida por suas altitudes elevadas, viu as temperaturas despencarem para impressionantes 18 graus Celsius negativos durante a noite. Especialistas alertam que aqueles que estão presos ou sem abrigo correm sérios riscos de hipotermia, podendo sobreviver apenas de cinco a dez horas, independentemente de ferimentos.
Acompanhamento da situação
A situação é crucial, e as autoridades continuam a trabalhar rápida e eficientemente para ajudar as vítimas. Embora os esforços estejam em curso, o frio extremo e a altitude aumentam as dificuldades, tornando o resgate e o apoio humanitário um desafio monumental. Enquanto isso, a solidariedade se espalha, com mensagens de apoio e orações chegando de todo o mundo, especialmente da diáspora tibetana.

Próximos passos e reflexão
No contexto dessa série de eventos sísmicos, é vital que sociedades ao redor do mundo permaneçam atentas às atualizações e prestem apoio àqueles afetados por essas catástrofes naturais. A resiliência das comunidades locais e o apoio internacional serão fundamentais para a recuperação e reconstrução.
Os desafios são imensos, e a trajetória à frente exige não apenas esforços práticos, mas também uma consideração profunda sobre como lidamos com o impacto de desastres naturais em nossa sociedade. Que fiquem as lições sobre a importância da preparação e do suporte, e que a esperança permaneça viva para os que enfrentam os umbrais da calamidade.
Luo Ya e Reuters contribuíram para este relatório.
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