


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Uma médica, que sofreu repetidas prisões, sentenças e torturas na China por se recusar a renunciar à sua fé, faleceu poucos dias após ser libertada de sua última condenação. Essa trágica história revela a luta incessante de Liu Dongxian, aos 72 anos, ex-médica chefe do Hospital da Cruz Vermelha em Taoyuan, Província de Hunan, que passou quase 16 anos encarcerada. Sua determinação em informar os outros sobre o Falun Gong, uma prática espiritual, a tornou alvo da repressão brutal do regime chinês.
Por causa da perseguição, Liu viu seu status profissional desmoronar; foi rebaixada, realizando tarefas simples em um depósito de medicamentos. Durante suas prisões, foi espancada, submetida a choques elétricos com bastões e humilhada em situações degradantes, como ser forçada a permanecer nua e algemada por horas em temperaturas geladas. Detalhes chocantes como não ter permissão para usar o banheiro e ser obrigada a lamber o chão de sua cela foram relatados pela organização sem fins lucrativos Minghui.org, que documenta a contínua perseguição ao Falun Gong pelo Partido Comunista Chinês (PCCh).
A Resiliência de Liu Dongxian
Liu Dongxian não era apenas uma médica; ela era uma defensora da paz e da compaixão. O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, combina meditação e ensinamentos morais fundamentados em princípios de verdade, compaixão e tolerância. Introduzido na China em 1992, ganhou uma grande quantidade de adeptos nos anos seguintes. No entanto, em 1999, o então líder do PCCh, Jiang Zemin, viu a ascensão do Falun Gong como uma ameaça à ideologia do partido. Assim, iniciou uma campanha devastadora de repressão que dura até hoje.

Última Prisão: A Coragem de Liu
Em dezembro de 2016, Liu foi novamente presa por estar na linha de frente da conscientização sobre a perseguição ao Falun Gong. Seu tribunal a condenou a nove anos de prisão, e, apesar de sua tentativa de apelação, a sentença foi mantida pelo Tribunal Intermediário de Changde. Liu foi enviada para a Prisão Feminina da Província de Hunan, onde sua resistência à opressão foi severamente testada.
Nas instalações prisionais, Liu foi submetida a tempos prolongados em pé, sem poder se mover, e, quando persiste em sua crença, enfrentou restrições severas, como a proibição de usar o banheiro sem autorização. O estado mental e físico da médica foi sendo deteriorado, exacerbando as condições de saúde de outras prisioneiras em sua cela, que também haviam sofrido abusos comparáveis.
Em meados de 2024, Liu começou a sofrer de problemas cardíacos, acompanhado de uma pressão arterial alarmantemente alta. Temendo repercussões diante de sua saúde deteriorada, as autoridades a libertaram 19 meses antes do término de sua pena. Tragicamente, Liu faleceu apenas alguns dias após sua soltura, aos 72 anos.

Tortura e Resiliência: A Incrível História de Liu
Antes de sua última prisão em 2016, Liu já havia sido encarcerada diversas vezes, incluindo um ano e nove meses em um campo de trabalho forçado. Sua primeira detenção ocorreu em 2000, simplesmente por realizar os exercícios do Falun Gong, e, desde então, sua vida foi marcada por prisões repetidas e violência sistemática.
No total, Liu enfrentou o confinamento várias vezes, sendo as mais graves: em 2001, ao apelar pelo direito de praticar sua fé em Pequim, e depois em 2007, onde foi alimentada à força até vomitar. Neste último caso, a tortura foi tão severa que ela chegou a perder metade de seu peso corporal. Apesar de sua saúde ter deteriorado consideravelmente, Liu manteve sua fé e determinação de lutar contra a opressão.
A cada nova prisão, ela suportava não apenas a dor física, mas também o tormento psicológico. Ameaças constantes de violência por outras detentas e o estresse de saber que sua família poderia ser punida por sua resistência tornaram a luta ainda mais árdua. Mesmo diante dessas circunstâncias asfixiantes, Liu se manteve firme em suas crenças.

Os abusos físicos e emocionais que Liu enfrentou foram imensos. Após as suas detenções, ela frequentemente era forçada a assinar documentos de vigilância, sob ameaça de punição para seus familiares. Este ciclo de opressão se repetiu, levando a vida de Liu a ser um exemplo da tenacidade humana em face da tirania.
Pensamentos Finais: A Luta Continua
A história de Liu Dongxian é um poderoso lembrete da luta pela liberdade de crença e pelos direitos humanos. Sua coragem diante das adversidades e a persistente dedicação à sua fé fazem dela uma figura emblemática na luta contra a opressão. Embora Liu tenha partido, seu legado continua a inspirar muitas pessoas ao redor do mundo, que ainda lutam por justiça e igualdade.
Como a história de Liu, existem muitas outras pessoas enfrentando situações semelhantes. A importância de conhecer esses relatos e compartilhar essas experiências é fundamental para promover a conscientização e inspirar mudanças. Que possamos lembrar de Liu e de todos que, como ela, resistem à opressão e lutam pela liberdade de crença.
Arsh Sarao contribuiu para este relato.
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