quarta-feira, março 12, 2025

Trump Revoluciona sua Estratégia sobre Tarifas da China: O que Isso Significa para seu Retorno à Casa Branca?


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

O Retorno de Trump e as Tarifas como Ferramenta de Negociação

Com a volta de Donald Trump à Casa Branca, as tarifas comerciais emergem novamente como uma importante ferramenta de negociação, principalmente nas questões envolvendo a China. Diferentemente de seu primeiro mandato, em que focou em desequilíbrios comerciais, o atual presidente está adotando uma abordagem mais estratégica.

Logo em seu primeiro dia, em 20 de janeiro, Trump firmou um memorando que ordenava investigações sobre práticas comerciais injustas por parte de nações estrangeiras. O objetivo é recomendar políticas que possam reequilibrar o comércio.

Este memorando ressalta a necessidade de revisar a conformidade da China com o acordo comercial da “fase um” de 2020, além de abordar questões como a evasão de tarifas por meio de terceiros e o tráfico de fentanil que chega aos EUA.

As Tarifas Como Instrumento de Poder

Trump não hesitou em ameaçar uma tarifa universal de 10% sobre produtos chineses já a partir de 1º de fevereiro. Apesar de ter proposto uma tarifa de 60% durante a campanha, ele não fez menção a essa ideia após assumir o cargo.

William Lee, economista-chefe do Milken Institute, observa que, no segundo mandato, Trump usa as tarifas não apenas para a economia, mas também como uma ferramenta de política externa e segurança nacional.

  • Aumento das Tarifas: Trump pretende usar as tarifas para pressionar não só a China, mas também outros países. Recentemente, ele enfrentou a Colômbia e, após ameaçar uma tarifa de 25%, obteve concessões sobre a deportação de imigrantes ilegais.
  • Tarifas no México e Canadá: Trump ainda propôs tarifas de 25% sobre importações destes países, o que ajudaria a barrar produtos chineses que entram nos EUA por essas rotas.

Ao deixar o cargo anteriormente, a China havia consolidado uma economia em ascensão. No entanto, a recente recuperação econômica deles ficou comprometida, tornando o país mais suscetível a tarifas. Trump destacou, em entrevista à Fox News, o poder que os EUA exercem sobre a economia chinesa através dessas tarifas.

A Evolução das Tarifas nos Últimos Anos

Nos últimos quatro anos, o debate sobre tarifas se tornou menos polêmico. O ex-presidente Joe Biden manteve as tarifas de Trump e ainda adicionou novas ao longo de seu mandato. A nova gestão de Trump, por sua vez, é vista como ainda mais favorável às tarifas.

O atual secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o indicado para a pasta de Comércio, Howard Lutnick, têm se manifestado abertamente a favor de manter e até aumentar as tarifas.

O Impacto das Tarifas e a Economia Americana

Embora a receita gerada pelas tarifas represente menos de 2% do total arrecadado pelo governo dos EUA no último ano fiscal, o verdadeiro valor das tarifas não reside tanto na arrecadação quanto na sua capacidade de afetar o acesso de empresas estrangeiras ao robusto mercado americano.

  • Crescimento Projetado: O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou um crescimento de 2,7% para a economia dos EUA neste ano, comparado a apenas 1% na União Europeia.
  • Cadeias de Suprimento: Tarifa podem facilitar a movimentação das cadeias globais de suprimentos para longe da China, reduzindo a infiltração da economia chinesa no mercado americano.

Na prática, Trump acredita firmemente que as tarifas são uma maneira de assegurar a independência econômica dos EUA. Ele deixou claro que produtos fabricados fora dos EUA estarão sujeitos a tarifas, incentivando a produção nacional.

A Pressão sobre a China e o Futuro do Comércio

A estrutura econômica da China, que depende amplamente das exportações, torna o país vulnerável a tarifas, conforme observa Li Shaomin, professor de negócios internacionais. A estratégia chinesa, que privilegia certos setores, também levou a excessos de capacidade.

O Partido Comunista Chinês (PPCh) busca manter seu controle absoluto, e Xi Jinping vê empresários independentes como uma ameaça. Essa dinâmica pode dificultar um entendimento com os EUA, uma vez que concessões podem ser mal vista dentro da China.

Desafios e Oportunidades

Trump deseja reduzir a dependência da China para produtos essenciais e espera que a nação cumpra acordos comerciais. Entretanto, as possibilidades de um acordo entre Washington e Pequim parecem distantes, já que ambos os lados não estão dispostos a flexibilizar suas exigências.

Com a impossibilidade de encontrar um meio-termo, analistas preveem que Trump poderá implementar tarifas ainda mais abrangentes,até mesmo uma tarifa universal de 10%. A expectativa é que esta medida possa se concretizar em breve, possivelmente no segundo trimestre.

Um estudo recente da Comissão de Comércio Internacional dos EUA ressaltou que as tarifas aplicadas no primeiro mandato de Trump tiveram um impacto mínimo nos preços para o consumidor. Na verdade, os aumentos de preços em setores afetados foram de apenas 0,2%.

A situação atual é complexa, e a crescente hostilidade entre os dois países torna difícil prever um futuro colaborativo. “Não vejo saída para Trump, a menos que Pequim ceda”, afirma Yeh Yao-Yuan, professor de estudos internacionais. E, da mesma forma, Xi Jinping também não encontra solução em ceder a Washington.

As opiniões expressas neste artigo refletem a perspectiva do autor e não necessariamente as visões do Epoch Times.

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