







Artigo traduzido e adaptado do inglês, publicado pela filial americana do Epoch Times.
Comemoração do Legado de Um Protesto Pacífico
Recentemente, um importante legado de um protesto pacífico que ocorreu há mais de duas décadas na China foi lembrado em Nova Iorque através de um desfile e uma vigília emocionantes. Entre os participantes, muitos haviam estado nas ruas da China na época, reivindicando o direito de praticar sua fé livremente.
O Apelo de 25 de Abril: Um Marco na História
No dia 25 de abril de 1999, exatamente 26 anos atrás, cerca de 10.000 praticantes do Falun Gong se reuniram em Pequim, em um dos maiores protestos da história recente da China. Esse evento, chamado de Apelo de 25 de Abril, aconteceu pouco antes de o Partido Comunista Chinês (PCCh) iniciar uma violenta campanha contra os praticantes do grupo — uma perseguição que perdura até os dias atuais.
Experiências de Wang Bingzeng
Wang Bingzeng, um calígrafo e ex-professor da Universidade de Tecnologia de Hebei, foi um dos muitos que celebraram esse dia em um desfile no bairro de Flushing, em Nova Iorque, em 19 de abril. Ele começou a praticar o Falun Gong em 1995 e logo se livrou de problemas de saúde que o afetavam. Quando ouviu sobre a prisão de 45 colegas praticantes em Tianjin, decidiu ir a Pequim para protestar.
“Cheguei cedo e o ambiente era calmo. Não havia gritos ou placas, tudo estava em ordem”, recorda Wang. A maioria dos manifestantes, incluindo ele, permaneceu em silêncio. Após conversas entre representantes do Falun Gong e o premiê chinês da época, algumas solicitações foram atendidas, e as pessoas começaram a se dispersar.

Repressão e Desinformação
Na mesma noite de 25 de abril, os 45 praticantes detidos foram libertados, uma decisão que, segundo o Centro de Informações do Falun Dafa, foi orquestrada pelas autoridades. A mídia estatal chinesa, por sua vez, distorceu os fatos sobre o protesto pacífico, retratando-o como um “cerco” aos líderes do PCCh.
Reflexões Emocionantes de Wang
Participar da comemoração em Nova Iorque foi uma experiência emocionante para Wang. Com lágrimas nos olhos, ele expressou seu desejo sincero: “Que o PCCh seja dissolvido o mais rápido possível para que o povo chinês possa recuperar sua liberdade.”
Falun Gong: A Prática Espiritual
O Falun Gong, ou Falun Dafa, é uma prática espiritual que combina exercícios de meditação e ensinamentos baseados em princípios de verdade, compaixão e tolerância. Nos anos 90, ganhou popularidade na China, com mais de 70 milhões de praticantes. No entanto, o PCCh, temendo a influência do grupo, iniciou a repressão em 20 de julho de 1999.
Desde então, milhões de praticantes foram detidos, centenas de milhares foram torturados e muitos perderam a vida, de acordo com o Centro de Informações do Falun Dafa. Além disso, casos de extração forçada de órgãos são reportados, envolvendo vítimas sob o regime chinês.

Recordações de Zhang Guiying
Zhang Guiying, médica e também participante do desfile, compartilhou experiências dolorosas do passado. Durante sua universidade em Tianjin, foi testemunha das prisões em massa de praticantes do Falun Gong em abril de 1999, descrever as cenas de brutalidade e violência que ocorreram nas ruas.
“No dia 25 de abril, o apelo foi pacífico do início ao fim. Nenhum praticante fez distúrbio ou causou confusão”, destacou ela, reforçando a natureza ordeira do protesto.
Samuel Ortiz, um líder community organized in Queens, se juntou à comemoração e falou sobre a importância dos princípios do Falun Gong. Para ele, a compaixão é essencial e reconheceu a gravidade das denúncias sobre a extração forçada de órgãos. “É uma prática inaceitável”, afirmou Ortiz.

Uma Vigília Significativa
No dia 19 de abril, cerca de 500 praticantes do Falun Gong realizaram uma vigília em frente ao Consulado Chinês em Nova Iorque, homenageando o apelo de 25 de abril. Entre eles estava Wen Ying, que escapou da China com seu marido e filho há seis meses. Wen, prática do Falun Gong desde 1994, já foi presa cinco vezes e cumpriu uma condenação de sete anos de prisão.
Agora morando nos Estados Unidos, ela expressou sua gratidão por poder praticar sua fé livremente.

Apelo por Liberdade
Gao Hongmei também fez parte da vigília, fazendo um apelo pelas liberdades de sua mãe, Hu Yulan, uma praticante de 70 anos que foi condenada a cinco anos de prisão. “Muitos praticantes, incluindo os da idade da minha mãe, ainda estão presos”, lamentou Gao, desejando que a perseguição cesse rapidamente.




Shi Ping contribuiu para esta reportagem.
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