sexta-feira, junho 27, 2025

Vale (VALE3): O Que Está Por Trás da Surpreendente Queda de 17% nos Lucros do 1T25?


Vale (VALE3) Apresenta Desempenho Abaixo do Esperado no 1T25

A gigante da mineração, Vale (VALE3), divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, revelando um lucro líquido de US$ 1,39 bilhão. Isso representa uma diminuição de 17% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar do aumento nas vendas, o impacto dos preços mais baixos de minério de ferro e níquel, aliado a um mix de produtos menos favorável, resultou em um resultado operacional pressionado.

Desempenho da Vale em Números

A empresa reportou um EBITDA proforma de US$ 3,2 bilhões, uma queda de 8% em relação ao ano passado. Este valor, que mede a capacidade de geração de caixa da mineradora, foi sustentado parcialmente por volumes de vendas mais altos e uma redução de custos, especialmente no minério de ferro. Vamos dar uma olhada em alguns dos principais números:

  • Vendas de minério de ferro: Aumento de 4% ano a ano, totalizando 2,3 milhões de toneladas.
  • Cobre: Crescimento de 7%, com 5,1 mil toneladas vendidas.
  • Níquel: Alta de 18%, atingindo 5,8 mil toneladas.

Entretanto, o preço médio realizado do minério de ferro foi de US$ 90,8 por tonelada, mostrando estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas com uma queda de 10% em comparação ao ano anterior devido aos preços de referência em baixa.

Custos e Investimentos

O custo caixa C1 para finos de minério de ferro teve uma redução de 11% ano a ano, atingindo US$ 21,0 por tonelada, o que está dentro da orientação da empresa de US$ 20,5 a US$ 22,0 por tonelada para 2025. O Capex (despesas de capital) totalizou US$ 1,2 bilhão, representando uma diminuição de US$ 221 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior, alinhando-se à reavaliação do plano de investimentos.

A geração de fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 504 milhões, uma queda significativa em relação ao US$ 2,2 bilhões do 1T24, influenciada pelo menor EBITDA e pelo aumento do capital de giro. Além disso, a dívida líquida expandiu em US$ 1,8 bilhão no trimestre, totalizando US$ 18,2 bilhões, impactada, em grande parte, pelos pagamentos de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

XP Investimentos Avalia Vale como "Neutra"

O desempenho da Vale foi analisado pela equipe da XP Investimentos, que classifica os resultados do 1T25 como "operacionalmente neutros". O EBITDA ajustado ficou em torno de US$ 3,1 bilhões, um pouco abaixo da projeção anterior da corretora.

Análise dos Embarques e Vendas

Os embarques de finos de minério de ferro tiveram um aumento de 7% ano a ano, superando as expectativas da XP de 4%. Este crescimento foi impulsionado pela venda de estoques acumulados em trimestres anteriores. Contudo, a contribuição do Sistema Norte foi menos expressiva, impactada por chuvas intensas.

Os volumes de vendas de pelotas, por outro lado, recuaram 19% em comparação ao mesmo período do ano passado, e os preços realizados do minério de ferro apresentaram uma queda de 2% trimestralmente. A XP ainda destacou uma recuperação na produção de cobre, com um crescimento de 11% ano a ano, beneficiado pelas operações em Salobo e Sossego.

A corretora reafirmou sua recomendação neutra para as ações da Vale, mencionando um upside limitado, mas notando uma assimetria positiva no cenário atual de preços.

Considerações Finais

O desempenho da Vale no primeiro trimestre de 2025 traz à tona alguns desafios, especialmente em um cenário de volatilidade nos preços das commodities. Apesar das vendas em alta e a redução dos custos, a pressão dos preços mais baixos e a evolução da dívida são pontos que merecem atenção.

O cenário é complexo, mas os investidores devem monitorar as tendências do mercado de minério de ferro e os planos de investimento da empresa para melhor entender suas futuras direções. A Vale continua a ser uma peça-chave no setor de mineração, e sua evolução será crucial para o mercado como um todo.

Se você está acompanhando o desempenho da Vale e suas implicações para o mercado, fica a pergunta: como você avalia a recuperação da empresa nos próximos trimestres? Compartilhe suas opiniões e vamos conversar sobre isso!

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