sábado, maio 24, 2025

Desafie a Malária: A Urgente Convocação da OMS para Um Mundo Livre da Doença!


Diálogo Global sobre a Malária: Uma Luta que Não Pode Parar

No dia 25 de abril, celebramos o Dia Mundial da Malária, uma data promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para relembrar a urgência desse desafio global. A OMS não apenas reconhece os progressos feitos, mas também destaca a necessidade de revigorar esforços desde as instâncias internacionais até as comunidades locais, acelerando a busca pela erradicação dessa doença devastadora.

Um Desafio Persistente

Embora tenhamos alcançado marcos importantes na redução da incidência da malária, a realidade é que a doença continua a ser uma grave questão de saúde pública. Em 2023, quase 600 mil vidas foram perdidas devido à malária, com a região da África sendo a mais impactada, respondendo por cerca de 95% dos casos diagnosticados anualmente. Esse panorama é alarmante e requer uma atenção renovada.

Onde a Malária Atinge Mais

Até hoje, a OMS já certificou 45 países e um território como livres da malária. Muitos outros, com níveis baixos de incidência, estão se esforçando para se livrar definitivamente da doença. No entanto, dos 83 países ainda afetados, 25 reportaram menos de 10 casos este ano. É um sinal positivo, mas devemos lembrar que conquistas anteriores foram frequentemente frágeis. Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, enfatiza que a erradicação é possível, desde que haja um comprometimento político forte, investimentos contínuos e um envolvimento comunitário ativo.

Bebê de seis meses recebe a primeira vacina contra malária em Gedaref, no Sudão

© Unicef/Ahmed Mohamdeen Elfatih

Bebê de seis meses recebe a primeira vacina contra malária em Gedaref, no Sudão

O Progresso em Risco

A OMS recentemente alertou sobre os cortes no financiamento previstos para 2025, o que pode impactar negativamente os avanços realizados até aqui, colocando milhões de vidas em perigo. Em uma avaliação da situação, mais da metade dos 64 Escritórios Nacionais da OMS em países afetados registraram interrupções significativas nos serviços de combate à malária.

Contudo, anos de investimento na pesquisa e implementação de novas vacinas têm mostrado resultados promissores. Em 2023, o Mali se unirá a outros 19 países africanos na introdução de vacinas contra a malária, um passo crucial para proteger as crianças mais vulneráveis e salvar milhares de vidas anualmente.

Entretanto, o progresso é frequentemente ameaçado pela fragilidade dos sistemas de saúde. Além disso, a crescente resistência a medicamentos e inseticidas continua a complicar os esforços de controle da doença. Muitas populações em risco ainda não têm acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento. Fatores como mudanças climáticas, conflitos e pobreza também contribuem para a dificuldade de combate à malária.

Rumo à Erradicação

Analisando esse contexto, cada vez mais países estão priorizando o controle e a eliminação da malária. A Declaração de Yaoundé, firmada em março de 2024 por ministros da saúde de 11 países africanos, simboliza um compromisso poderoso. Para intensificar a luta, novos mosquiteiros tratados com inseticidas estão sendo distribuídos em um ritmo acelerado. Esses produtos, que demonstraram maior eficiência em comparação com os convencionais, corresponderam a quase 80% de todas as entregas na África Subsaariana em 2023.

Um Histórico de Sucesso

No final da década de 1990, líderes globais institucionalizaram iniciativas que estabeleceram as bases para o controle da malária, culminando na prevenção de mais de 2 bilhões de casos e quase 13 milhões de mortes desde 2000. Esse compromisso conjunto reafirma que a erradicação é uma meta viável.

Um pescador em sua cabana no topo do lago na Amazônia, na Colômbia

Um pescador em sua cabana no topo do lago na Amazônia, na Colômbia

A Atuação nas Regiões Amazônicas

Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe assinaram um Memorando de Entendimento para fortalecer as ações de combate à malária nas regiões de fronteira amazônica da América Latina. Este trabalho conjunto visa abordar as desigualdades de saúde enfrentadas por comunidades vulneráveis na Amazônia da Bolívia, Brasil e Peru, incentivando a troca de experiências e conhecimentos entre os países.

As populações indígenas da Amazônia são particularmente afetadas pela malária, representando 31% de todos os casos e 41% das mortes ocorridas em 2023. Jarbas Barbosa, diretor da Opas, reafirma que o combate nas áreas de fronteira é fundamental para o sucesso das estratégias regionais.

No entanto, os desafios nesta região são numerosos, incluindo o difícil acesso a algumas comunidades indígenas remotas e a alta mobilidade populacional. Em 2023, mais de 505 mil casos de malária foram registrados na região, com cerca de 70% dos casos ocorrendo em áreas da bacia amazônica compartilhadas por oito países.

Um Chamado à Ação

É evidente que o combate à malária requer um esforço conjunto que envolva governos, organizações internacionais, comunidades locais e até você, leitor. A conscientização e o engajamento são fundamentais para continuar a luta contra essa doença que ainda afeta milhões. Ao entendermos a gravidade dessa situação, podemos ser parte da solução, promovendo ações em nossos próprios ambientes e, assim, contribuindo para um futuro livre da malária.

Que tal pararmos um momento para refletir sobre isso? Como você pode se envolver nessa luta? Compartilhe suas ideias e preocupações sobre a malária e como podemos colaborar para eliminar essa ameaça à saúde pública. Sua voz é importante, e juntos podemos fazer a diferença!

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