Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Uma Nova Ameaça: O Falun Gong e seu Impacto no Exterior
Recentemente, informações alarmantes surgiram sobre uma campanha de desprestígio dirigida pelo Ministério da Segurança do Estado da China, com foco notável no Shen Yun Performing Arts. Chen Yixin, o chefe do ministério, estaria empenhado em desacreditar essa renomada companhia de dança e música clássica chinesa nos Estados Unidos. Essa alega um denunciante, que tem conhecimento íntimo do funcionamento interno do Partido Comunista Chinês (PCCh).
O Que é o Shen Yun?
O Shen Yun, conhecido por sua representação vibrante da rica herança cultural chinesa sem a influência do regime comunista, tem sido um alvo constante do PCCh. Fundada em Nova Iorque por praticantes do Falun Gong, uma tradição espiritual alvo de severa perseguição pelo governo chinês por mais de duas décadas, a companhia tornou-se sinônimo de resistência cultural.
Chen Yixin e sua Agenda Contra o Falun Gong
Chen Yixin, que comanda o Ministério da Segurança do Estado desde 2022 e é um aliado próximo de Xi Jinping, estabeleceu como prioridade na sua carreira a erradicação do Falun Gong fora da China. Segundo o denunciante, Chen se propôs a eliminar a presença dessa prática espiritual no exterior, especialmente através da desarticulação de suas organizações e da formação de uma narrativa negativa associada a ela.
Os Objetivos de Chen
A missão de Chen é clara: desmantelar a organização do Falun Gong fora do território chinês e, se possível, “resolver a ‘questão do Falun Gong’” até o fim do ano. Esta tentativa de eliminar uma prática que busca a paz e a espiritualidade é um reflexo das táticas autoritárias do regime, que se irrita com a visibilidade e os protestos gerados pelos praticantes, especialmente quando Xi Jinping viaja para fora do país.
Construindo Narrativas e Manipulando Opiniões
O foco da campanha de Chen consiste em influenciar a percepção do governo e do público americano em relação ao Falun Gong. Estratégias de manipulação incluem a disseminação de informações distorcidas, utilizando tanto influenciadores de redes sociais quanto meios de comunicação tradicionais. O New York Times, por exemplo, publicou uma série de matérias depreciativas sobre o Shen Yun, uma situação que foi levada muito a sério pelos denunciantes que consideram a mídia uma ferramenta nas mãos do PCCh.
Os Influenciadores e a Mídia
Um YouTuber sino-americano foi destacado como um vetor de desinformação, colaborando involuntariamente com o regime ao espalhar narrativas negativas sobre o Falun Gong. Embora o criador de conteúdo em questão não seja um agente do governo, ele serve como um peão nas estratégias do MSS (Ministério da Segurança do Estado), conforme informado pelo denunciante.
- Táticas de Mídia: A campanha se fundamenta no aproveitamento de plataformas digitais para difundir ceticismo e hostilidade em relação ao Falun Gong.
- Influência de Agentes: O uso de informantes infiltrados e redes sociais torna o cenário ainda mais complexo, manipulando as percepções sem que muitos percebam.
A Operação de Desinformação
Recentemente, o FDIC (Centro de Informações do Falun Dafa) revelou que este é o quarto denunciante do PCCh a fornecer informações sobre a campanha e suas implicações. A natureza sistemática do plano de Chen indica uma estratégia bem pensada e coordenada, que visa criar um ambiente de hostilidade e suspeita em relação ao Falun Gong e seus praticantes.
Os Riscos Envolvidos
O denunciante menciona que a operação de Chen é envolvida por um vasto arcabouço de segurança que apóia a manipulação e a desinformação. Os informantes são constantemente gerenciados e mobilizados para promover sabotagens e disseminar informações prejudiciais, criando assim uma ampla rede de desconfiança e repressão.
Histórico de Perseguição
Chen tem um extenso histórico de perseguições ao Falun Gong, tendo atuado anteriormente na Comissão Central de Assuntos Políticos e Legais (PLAC). Durante seu mandato, muitos praticantes desse movimento espiritual foram presos, assediados e até mortos em custódia, conforme documentado por fontes confiáveis. Chen vem defendendo abertamente uma forte repressão, descrevendo a necessidade de manter um “ambiente severo” para erradicar a prática.
Uma Extensa Ação Global
Além de suas atividades internas, o MSS, sob a liderança de Chen, expandiu seus esforços para além das fronteiras da China, incluindo ações cibernéticas como o ataque conhecido como Tufão de Sal, que afetou as telecomunicações nos Estados Unidos. Esse tipo de ataque exemplifica como o regime está disposto a utilizar métodos ilícitos para atingir seus objetivos.
Repercussões e Reflexões
A complexidade da campanha de Chen e seu impacto no Falun Gong nos EUA apresenta uma situação preocupante. À medida que os esforços de difamação se intensificam, é essencial que tanto o governo americano quanto o público em geral adotem uma postura crítica e informada sobre as mensagens que recebem. Não é apenas um movimento cultural que está em jogo, mas sim a liberdade de crença e expressão em face de uma opressão descarada.
O Que Está em Jogo?
A manipulação da opinião pública e a perseguição a grupos espirituais nos fornecem um alerta. A importância de estar atento às narrativas que consumimos e à origem das informações nunca foi tão relevante. Como a história do Falun Gong nos mostra, a resistência cultural pode se manifestar de várias formas e é crucial que continuemos a apoiar a diversidade cultural e o direito à expressão.
À medida que observamos o desenrolar dessa situação, a solidão do Falun Gong e de suas práticas se destaca em um mundo onde a liberdade deve prevalecer. O apelo aqui é claro: permita que a verdade prevaleça, e que as vozes dos perseguidos sejam ouvidas.
© Direito Autoral. Todos os Direitos Reservados ao Epoch Times Brasil (2005-2024)
