Panorama Empresarial de 2022: Crescimento e Tendências no Brasil

Em 2022, o Brasil contou com cerca de 7,875 milhões de empresas formais em operação, um número impressionante que empregou 47,869 milhões de pessoas. Desse total, 36,5 milhões eram funcionários com carteira assinada. Esses dados foram revelados na pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 5 de outubro. Vamos explorar mais a fundo esses números e o que eles nos dizem sobre o ambiente empresarial do país.

Empregos e Salários no Brasil

O cenário do emprego em 2022 mostrou que o salário médio mensal dos trabalhadores brasileiros era de R$ 3.103,75, totalizando uma massa de rendimentos que ultrapassou a marca de R$ 1,448 trilhão.

Dentro desse vasto panorama, as empresas empregadoras, que somaram um número recorde de 2,648 milhões, foram responsáveis por empregar todos os 36,5 milhões de assalariados do país. Estas empresas movimentaram cerca de R$ 1,439 trilhão em pagamentos de salários, apresentando um salário médio ligeiramente mais alto, de R$ 3.108,66.

Abertura de Empresas: Um Recorde Histórico

Uma das notícias mais animadoras foi o surgimento de 405,6 mil novas empresas empregadoras em 2022, o mais alto desde que a série histórica começou em 2017. A taxa de nascimento de empresas, que reflete a proporção de novas aberturas em relação ao total de empresas empregadoras, atingiu 15,3%, um número que também representa um recorde.

Principais Setores de Crescimento

Os dados indicam que o setor do Comércio foi o grande protagonista no cenário das novas aberturas, responsável por 39,4% delas. Além disso, este mesmo setor detinha a maior parte das empresas empregadoras ativas, com 42,7%.

Outros setores também mostraram um crescimento significativo:

• Alojamento e Alimentação: Contribuiu com 9,9% das novas empresas, sendo a terceira maior em número total.
• Indústrias de Transformação: Com 8,7% dos nascimentos, foi o segundo setor ativo, com 11,2% de empresas operando.

O Perfil das Novas Empresas

De acordo com Thiego Ferreira, gerente de Análise e Disseminação da pesquisa do IBGE, o perfil das novas empresas é muito semelhante ao das já existentes, considerando suas principais atividades econômicas. Assim, 92,7% das novas empresas empregadoras tinham entre 1 e 9 funcionários, enquanto 6,6% empregavam de 10 a 49, e apenas 0,7% tinham 50 ou mais assalariados.

A taxa de nascimento de novas empresas foi mais alta entre os pequenos negócios, alcançando:

• 17,6% para aquelas com até 9 funcionários
• 6,2% nas que empregavam entre 10 e 49
• 3,5% nas empresas de 50 ou mais trabalhadores

Isso reforça a ideia de que os pequenos negócios estão mais dinâmicos e propensos a se estabelecer em um mercado cada vez mais competitivo.

Mortalidade de Empresas: Um Alívio na Taxa

Com as mudanças na metodologia do IBGE que agora considera a sobrevivência de empresas ao longo de três anos, a mortalidade de empresas foi medida após um período de dois anos. Para 2022, as mortes de empresas referentes ao ano de 2020 totalizaram 210,7 mil, sendo o menor número desde que a série começou, em 2015.

A taxa de mortalidade se manteve em 9,0%, o que também representa o menor percentual da série. Estas empresas que encerraram suas atividades contavam com cerca de 774 mil trabalhadores, ou seja, 2,4% do total de empregados no ano de referência.

O Crescimento das Empresas Empreendedoras

Outro destaque de 2022 foi a existência de aproximadamente 70.032 empresas classificadas como “empreendedoras”, que são aquelas que passaram a empregar ao menos 10 funcionários e que aumentaram suas contratações em mais de 10% ao ano por três anos consecutivos. Essas empresas contrataram cerca de 8 milhões de trabalhadores e pagaram R$ 317,4 bilhões em salários, o que corresponde a uma média de cerca de 2,8 salários-mínimos mensais.

Conclusão Reflexiva

Ao examinar o cenário empresarial brasileiro de 2022, fica evidente que o ambiente de negócios está em transformação, com uma taxa recorde de novos empreendimentos e uma resiliência perceptível nas micro e pequenas empresas. O aumento na criação de empresas e a diminuição da mortalidade sinalizam um otimismo renovado no mercado.

Essa dinâmica nos leva a refletir: como podemos fomentar ainda mais o empreendedorismo no Brasil? Quais medidas podem ser adotadas para apoiar essas empresas e garantir que continuem a crescer e a gerar empregos?

É fundamental que a sociedade valorize esses empreendedores, e que medidas efetivas sejam tomadas para facilitar o acesso a recursos, informações e apoios necessários para que o ambiente de negócios no Brasil continue a prosperar.

Fique à vontade para compartilhar sua opinião sobre o crescimento empresarial e as tendências do mercado. Quais setores você acredita que ainda têm espaço para se expandirem? Deixe seu comentário e ajude a enriquecer essa conversa!