O CEO do Nubank, David Vélez, revelou que a empresa está de olho no mercado argentino, especialmente após a chegada do presidente Javier Milei ao poder. Vélez destacou a importância de observar as ações do mandatário e afirmou que todos na América Latina estão torcendo para o sucesso do novo governo.
Apesar do interesse, o executivo enfatizou que ainda é cedo para tomar decisões concretas nesse sentido. Ele ressaltou que seria necessário um período de 12 a 24 meses para avaliar o desenvolvimento da situação na Argentina. No entanto, Vélez destacou a rápida evolução do cenário econômico no país, o que tem impressionado a todos.
Em uma palestra durante o evento Bloomberg New Economy, em São Paulo, Vélez mencionou a importância da Argentina como uma das maiores economias da América Latina. Ele destacou o alto nível de capital humano do país, com excelentes profissionais e uma economia que ainda carece de crédito para o consumidor.
O Nubank também vem analisando de perto sua atuação no México, onde a penetração de cartões de crédito ainda é baixa. Vélez comentou sobre a oportunidade de expandir os serviços da empresa para um mercado que parece estar defasado em relação ao Brasil em termos de digitalização.
Questionado sobre a possibilidade de expansão nos Estados Unidos, Vélez considerou que, apesar do interesse, a regulamentação seria um obstáculo. No entanto, ele destacou o potencial da população desbancarizada, em especial na comunidade hispânica, que possui um PIB equivalente ao do Brasil.
Um dos desafios destacados por Vélez é a concorrência com os grandes bancos tradicionais no segmento de alta renda. Ele ressaltou que os incumbentes possuem uma estrutura consolidada, com filiais e assessores pessoais, o que torna a competição mais acirrada. No entanto, Vélez acredita que a empresa pode encontrar oportunidades através de consignados para funcionários públicos e pequenos negócios.
Em resumo, o Nubank está de olho no mercado argentino e mexicano, avaliando oportunidades de expansão internacional. A empresa enfrenta desafios no segmento de alta renda, mas busca estratégias para se destacar e conquistar novos mercados. O futuro parece promissor para a fintech brasileira, que continua inovando e buscando novas oportunidades de crescimento em um cenário competitivo e desafiador.