segunda-feira, abril 28, 2025

Desvendando a Manobra: Comunistas Chineses se Passam por Americanos para Manipular as Eleições de 2024


Adaptação e tradução de artigo originalmente publicado pelo Epoch Times nos Estados Unidos.

O Enigma do Harlan Report: A Face Oculta da Desinformação

O Harlan Report parecia ser apenas mais um programa de notícias em meio a tantas startups. Com um lema ambicioso que sugeria a intenção de recuperar a grandeza da mídia americana, prometia também “sem opiniões, apenas fatos.” No entanto, sob essa promessa, escondia-se uma trama muito mais complexa.

Uma Promessa Quebrada?

Os vídeos postados pelo Harlan eram apresentados como denúncias dirigidas à corrupção governamental, surgindo como um antídoto a uma mídia que, segundo seus criadores, era dominada pela visão de esquerda. Um dos vídeos, que rapidamente alcançou a inacreditável marca de 1,5 milhão de visualizações, alegava mostrar Joe Biden fazendo um comentário sexual na Cúpula da OTAN. Contudo, a transcrição estava errada e a declaração, fabricada.

Além disso, indícios crescentes começaram a levantar suspeitas. O perfil do Harlan passou a se apresentar de maneiras contraditórias: primeiro como um veterano militar, depois como um jovem apoiador de Trump, e, posteriormente, como um influenciador republicano da Flórida. O nome da conta foi até alterado para “Harlan_RNC”, sugerindo uma conexão com o Partido Republicano. Mas a verdade era mais sombria: o Harlan Report não era uma fonte legítima de notícias e muito menos administrado por um cidadão americano.

Uma análise da Graphika, uma renomada empresa de análise de redes sociais, revelou que o Harlan Report fazia parte de uma operação de influência online de grande escala, conhecida como “Spamouflage,” apoiada pelo governo comunista da China.

Spamouflage: A Maquinária de Desinformação da China

Ao contrário da percepção do Harlan, a maioria das contas ligadas à operação Spamouflage não buscava atingir conservadores especificamente, mas sim amplificar críticas à sociedade americana de forma geral. Essas contas criavam conteúdo similar, adaptando-se tanto ao público democrático quanto ao independentes na tentativa de polarizar ainda mais a opinião pública.

  • Algumas contas se apresentavam como ativistas contra a guerra, criticando Trump.
  • Outras desafiavam a legitimidade da presidência de Biden.

O Harlan Report, por sua vez, destacou-se ao conseguir atrair seguidores e ao segmentar um nicho de maneira astuta, assim como um publicitário experiente. Autoridades de segurança agora expressam preocupações sobre o aprendizado que o Partido Comunista Chinês (PCCh) pode ter adquirido com essas operações e sua intenção de criar perfis de mídia social semelhantes, se passando por cidadãos americanos.

A Vigilância do Congresso e a Ameaça às Eleições

O Comitê Seleto do Congresso sobre Concorrência Estratégica com o PCCh está se mobilizando, alertando para as táticas de marketing desleais que o PCCh parece estar utilizando. O presidente do comitê, deputado John Moolenaar, destacou a necessidade urgente das empresas de mídia social reconhecerem e tomarem ações contra essas manobras.

De fato, as tentativas de influenciar as eleições americanas por intervenção externa não são novidade, mas têm se intensificado. Um relatório da empresa de segurança cibernética Recorded Future ressaltou que China, Irã e Rússia estão atualmente tentando influenciar as eleições de 2024 através de operações de desinformação.

Estratégias Chinesas em Foco

Particularmente, os agentes chineses têm focado em amplificar conteúdos que exacerbam questões polarizadoras, como os protestos do Black Lives Matter e a política externa dos EUA em relação a Israel e Ucrânia. Com isso, o objetivo é semear discórdia entre os cidadãos estadunidenses.

Por outro lado, ações apoiadas pelo Irã se concentraram na campanha de reeleição de Trump, enquanto a Rússia tentou desacreditar a chapa democrata, especialmente a vice-presidente Kamala Harris. Apesar das estratégias de influência chinesas não terem obtido muito sucesso histórico, a combinação de inteligência artificial e deepfakes tem proporcionado resultados mais satisfatórios agora.

O Poder da Inteligência Artificial

John Mills, ex-diretor de política de segurança cibernética do Departamento de Defesa dos EUA, destacou que o PCCh está utilizando inteligência artificial para analisar e interpretar dados de usuários, a fim de explorar seus medos e interesses. “O poder do big data e da análise que a China possui é impressionante”, afirmou Mills.

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Um especialista cria um vídeo de demonstração usando inteligência artificial (Hector Retamal/AFP via Getty Images)

De acordo com ele, o PCCh fornece um fluxo altamente personalizado de conteúdo adaptado aos indivíduos, conhecendo bem seus gostos e aversões. Em um relatório recente do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI), foi revelado que o regime chinês busca expandir suas capacidades de coleta e monitoramento de dados em plataformas de mídia social dos EUA, com o intuito de manipular a opinião pública.

Dificuldades em Identificar Desinformação

O crescimento das operações de influência estrangeira levanta a questão: como os cidadãos americanos podem se proteger? Infelizmente, a resposta não é tão clara quanto parece. Até o momento, diversos órgãos do governo não forneceram diretrizes adequadas sobre como o público pode reconhecer e reagir a conteúdos manipulados.

Pesquisas indicam que a maioria das pessoas não consegue detectar deepfakes e muitas vezes são influenciadas por conteúdos falsos, mesmo quando já perceberam que são enganosos. Esse fenômeno levanta preocupações sobre como a desinformação pode impactar as crenças políticas e a percepção pública a longo prazo.

Um estudo revelou que as informações errôneas podem influenciar crenças de forma duradoura, mesmo após a retratação, complicando ainda mais a luta contra a desinformação.

Um Aviso aos Conectados

Para aqueles que consomem informações online, a principal recomendação de Mills é cautela. “Desconfie intensamente de tudo que você vê online. Não existem barreiras de proteção contra as táticas que a China está usando.”

A desinformação se tornou uma ferramenta poderosa, capaz de moldar narrativas e influenciar percepções. Em um cenário onde a linha entre a verdade e a mentira se torna cada vez mais nebulosa, é essencial que os cidadãos desenvolvam um olhar crítico e questionador em relação aos conteúdos que consumem e compartilham.

Como você se sente em relação a essa crescente máquina de desinformação? Está consciente das suas fontes de informação? A discussão sobre como proteger a verdade em meio a tanta manipulação é mais relevante do que nunca.

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