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ESG e DEI: Tendências em Transformação que Você Precisa Conhecer!

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Texto adaptado e traduzido do original em inglês, publicado pela matriz dos EUA do Epoch Times.

Apesar do recente entusiasmo em relação às iniciativas de ambientalismo, socialidade e governança (ESG) e às políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), muitos analistas acreditam que esse ciclo e seus conceitos podem estar se aproximando do fim.

“A queda do movimento é iminente e já vem sendo acelerada”, afirma David Bahnsen, diretor de investimentos do Bahnsen Group e ex-gestor do Morgan Stanley, em declaração ao Epoch Times.

Apesar disso, ele adverte: “Ainda não é o fim.”

As Raízes do Movimento ESG

O conceito de ESG surgiu há cerca de 20 anos, inicialmente como parte de uma iniciativa da ONU, delineada em um documento de 2004 intitulado Who Cares Wins (Quem se importa vence). O foco era alinhar os interesses corporativos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Esses objetivos incluem ações climáticas e a promoção da igualdade racial e de gênero, além de se conectarem com tendências empresariais como o “capitalismo consciente” e o “capitalismo das partes interessadas”, que visam estreitar o compromisso das empresas com os funcionários, comunidades e meio ambiente, em vez de se limitarem aos acionistas.

  • Em pouco tempo, a adesão ao ESG se intensificou, especialmente entre gestores de ativos institucionais, que controlam cerca de 80% das ações do S&P 500.
  • Logo após seu lançamento, 23 instituições financeiras endossaram a iniciativa, somando mais de US$ 6 trilhões em ativos.

O Cenário Atual: Um Novo Ventos?

Mas, duas décadas depois, parece que os ventos mudaram de direção. Em 2024, metade dos membros da Net Zero Insurance Alliance se retirou, enquanto a Net Zero Asset Managers suspendeu suas atividades em janeiro, após a saída de membros significativos como a BlackRock.

Além disso, uma nova ordem da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) exigia relatórios auditados de emissões de CO2, mas enfrentou desafios jurídicos e foi recentemente arquivada. No que diz respeito à equidade social, várias empresas anunciaram cortes em seus programas de diversidade.

“Estamos testemunhando o declínio do ESG”, disse Daniel Cameron, CEO da 1792 Exchange, uma organização sem fins lucrativos voltada para análise de mercado. “No ano passado, marcas icônicas começaram a se afastar do DEI”.

  • Entre as empresas que reduziram seus programas de diversidade estão giants como Amazon, Google e Walmart.
  • Essas mudanças refletem um panorama corporativo em transição, onde a pressão por ativismos variados se tornava insustentável.

Repensando a Abordagem da Diversidade

Alguns analistas apontam que essa possibilidade de desaceleração pode ser uma simples mudança de marca em vez de um abandono total das políticas de diversidade.

“A Boeing, que recentemente desfez seu departamento de DEI, explicou que os colaboradores não foram demitidos, mas remanejados para outras funções dentro da empresa”, revelou Will Hild, diretor da Consumers’ Research.

Enquanto isso, gigantes como Apple, Microsoft e Delta Airlines continuam a defender seus programas DEI e garantem que, de alguma forma, essas iniciativas permanecerão.

Tim Schwarzenberger, gerente de portfólio da Inspire Investing, discorda da ideia de que a DEI está enfrentando uma crise. “Muitas empresas ainda veem isso como essencial, principalmente aquelas cuja participação depende da diversidade”, observou.

Um Desafio de Ideias e Percepções

Defensores das práticas de ESG argumentam que as ideias centrais não foram melhor entendidas e acabaram sendo injustamente atacadas.

Larry Fink, CEO da BlackRock e um entusiasta do ESG por muitos anos, declarou em 2023 que parou de usar o termo, pois o mesmo se tornou “politizado e desvirtuado”.

“Independentemente de como chamamos, os princípios fundamentais do ESG estão ainda bem vivos,” acredita Julie Anderson, professora de administração na American University.

Evolução dos Temas em ESG

Recentemente, um estudo da Harvard Law School revelou um aumento nas propostas de acionistas sobre questões ambientais e sociais, que agora representam uma porcentagem cada vez maior das deliberações nas assembleias gerais. Em 2024, essas questões representaram 62% das propostas, superando os 44% de 2014.

Esses dados mostram que, embora o ambiente esteja mudando, o interesse por práticas responsáveis e o comprometimento com questões sociais permanecem relevantes.

Um Abismo entre os EUA e a Europa

Recentemente, observou-se uma disparidade entre o apoio de gestores de ativos nos EUA e na Europa em relação às propostas de ESG durante as votações. Um relatório da Morningstar indicou que o apoio nos EUA atingiu seu nível mais baixo em cinco anos, enquanto na Europa o apoio a resoluções significativas se mantém quase em 100%.

Essas divergências têm gerado discussões sobre a necessidade de regulamentações que impeçam o uso de procurações para promover agendas políticas que não beneficiem diretamente os acionistas, como sugeriu Marlo Oaks, tesoureiro do estado de Utah.

Para Oaks, o ativismo corporativo tem pouco controle e exibe pouca transparência; isso levanta preocupações sobre quão eficazes podem ser as ações de ESG no futuro.

Reflexões Finais sobre o Futuro do ESG

Embora haja uma percepção de que o ESG possa estar enfrentando dificuldades, alguns analistas acreditam que suas ideias ainda estão a todo vapor. Mesmo após o abandono da exigência de relatórios climáticos pela SEC, muitas empresas continuarão a fazer “contabilidade verde”.

Segundo Julie Anderson, mesmo que a popularidade das alianças de net-zero esteja declinando, o ESG ainda é visto como uma ferramenta essencial na análise de risco das empresas, o que mostra que, mesmo em meio à mudança, as práticas à sua volta continuam relevantes.

“Os investidores internacionais continuam a exigir relatórios e accountability em questões climáticas, e as empresas estão se adaptando a esse cenário, integrando o ESG como uma função chave de suas operações e estratégias”, conclui Anderson.

As transformações que estão ocorrendo em relação ao ESG nos forçam a reconsiderar as abordagens que adotamos, mantendo a reflexão sobre como queremos moldar um futuro sustentável, justo e próspero. O engajamento com essas questões não deve se limitar ao debate superficial, mas sim fomentar um diálogo contínuo e construtivo entre empresas e comunidades. Estamos prontos para dar esse passo juntos?

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