Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Novas Tarifas e Retaliações na Guerra Comercial EUA-China
Na terça-feira, as novas tarifas de 10% sobre todos os produtos importados da China, ordenadas pelo presidente Donald Trump, começaram a valer. A resposta chinesa não tardou: no mesmo dia, Pequim anunciou a implementação de tarifas retaliatórias.
Essas tarifas se somam às já aplicadas durante o primeiro mandato de Trump, que variam de 10% a 25% dependendo do produto. O cenário do comércio entre as duas potências continua se intensificando, com cada lado buscando se proteger em meio a um ambiente de crescente tensão comercial.
Reação da China e Ações Relacionadas
O Ministério do Comércio da China reagiu rapidamente, anunciando a aplicação de tarifas adicionais sobre uma variedade de produtos dos Estados Unidos. Além disso, os chineses deram destaque a uma investigação lançada contra o Google, que envolveu preocupações sobre práticas antitruste.
As novas tarifas incluem:
- 15% sobre carvão e gás natural liquefeito;
- 10% sobre petróleo bruto, maquinário agrícola e veículos de grande cilindrada.
Esclarecimentos das Regras Tarifárias nos EUA
Com a entrada em vigor das novas tarifas, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos emitiu orientações na segunda-feira para esclarecer as regras que agora afetam pacotes que chegam dos produtos chineses, incluindo aqueles vindos de Hong Kong. Vale destacar que:
- As isenções para itens de baixo valor (até US$ 800) foram suspensas;
- Itens destinados a doações humanitárias ou certos tipos de mídia são isentos das novas tarifas;
- Todas as demais mercadorias, incluindo eletrônicos e produtos automotivos, estão sob a nova imposição tarifária.
Uma Resposta ao Problema das Drogas
Trump também anunciou tarifas em uma ordem executiva que associa as ações comerciais à questão do fentanil, um opioide sintético que tem causado estragos em comunidades americanas e que é frequentemente produzido com ingredientes exportados da China. Em sua declaração, Trump alegou que o Partido Comunista Chinês (PCCh) tem subsidiado e incentivado a indústria química a exportar fentanil, colocando em risco a vida de milhões de americanos.
De acordo com a ordem, quase 550.000 libras de fentanil foram apreendidas nas fronteiras dos Estados Unidos nos últimos três anos, o que é suficiente para causar a morte de cerca de 111 bilhões de pessoas. Trump enfatizou que o influxo de drogas representa uma ameaça para a sociedade e que a China deve agir para impedir essa situação.
Desafios nas Relações EUA-China
Relembrando sua postura anterior, Trump afirmou que a China precisa cessar imediatamente o envio de fentanil para os EUA, ou as tarifas poderão aumentar consideravelmente. “A China será responsabilizada. Espero que parem de nos enviar fentanil e, caso contrário, as tarifas subirão ainda mais”, declarou o presidente.
As retaliações da China, desde a imposição de tarifas sobre produtos como carne suína e bovina, já demonstraram um ciclo de subida e descida de tarifas que rapidamente se transforma em um campo de batalha econômico. Em resposta às tarifas, o governo chinês já sinalizou sua intenção de contestar essas ações na Organização Mundial do Comércio, informando que os EUA precisam resolver seus próprios problemas antes de impor tais taxas.
Políticas do Governo Biden
O governo do presidente Joe Biden optou por manter as tarifas implementadas por Trump, e em alguns casos, até aumentou as taxas, como as que incidem sobre veículos elétricos (100%) e semicondutores (50%). A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, indicou que uma ligação com Pequim deve ocorrer em breve, o que poderá trazer novas dinâmicas para a relação comercial.
Questões Geopolíticas e Segurança Fronteiriça
Um ponto de discórdia tornou-se evidente nas declarações de Trump sobre o Canal do Panamá, onde ele expressou preocupação com o controle da China. “A China está se envolvendo no Canal do Panamá, e isso é algo que não pode continuar”, disse Trump.
Além disso, as ameaças de Trump para impor tarifas de 25% em produtos provenientes do México e do Canadá, no contexto do tráfico de fentanil e imigração ilegal, geraram reações rápidas dos dois países. O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, comprometeram-se a enviar 10.000 soldados cada um para patrulhar as fronteiras, com o intuito de reforçar o combate ao tráfico de narcóticos, especialmente o fentanil.
Para complementar esses esforços, o governo canadense anunciou investimentos significativos em segurança de fronteira, da ordem de US$ 1,3 bilhão, além de um adicional de US$ 200 milhões para estratégias de combate ao narcotráfico, evidenciando a seriedade com que o problema está sendo tratado.
No entanto, Trump destacou que até o momento não há acordo sobre a remoção das tarifas, e novas negociações estão em andamento. “As tarifas são uma ferramenta poderosa, tanto no sentido econômico quanto na obtenção de resultados desejados”, afirmou o presidente, reforçando sua abordagem enérgica nas relações comerciais.
Reflexões Finais sobre as Tarifas e o Comércio Global
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China continua a evoluir, com implicações significativas não apenas para as duas nações, mas também para a economia global. Enquanto a aplicação de tarifas é uma estratégia que visa proteger os interesses nacionais, o impacto sobre os consumidores e as cadeias de suprimento internacionais suscita perguntas sobre o futuro do comércio mundial.
Este cenário instigante nos leva a refletir sobre até que ponto a proteção econômica pode ser benéfica ou prejudicial, tanto para os países envolvidos quanto para o consumidor final. Como você vê essa situação? Quais são suas opiniões sobre as tarifas e o impacto nas relações internacionais? Compartilhe seus pensamentos e participe da conversa!
A Associated Press contribuiu para esta reportagem.
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