Indústria Eólica em Crise: ABEEólica Cobra Soluções Urgentes para Cortes de Geração

Foto: divulgação

Atualmente, a indústria eólica no Brasil enfrenta sua maior crise em mais de duas décadas, um desafio que Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), descreveu como um dos mais duradouros. Essa turbulência chegou ao público em um evento organizado pela própria associação, onde Gannoum abordou as causas e as possíveis soluções para esse cenário preocupante.

Os principais desafios da indústria eólica

Um dos grandes obstáculos que as usinas de energia renovável enfrentam são os cortes de geração promovidos pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Esses cortes limitam a produção das usinas, trazendo complicações financeiras significativas para as empresas do setor.

Gannoum enfatizou que as discussões em busca de soluções estão em andamento, com diálogos frequentes com o ministro de Minas e Energia, em busca de encaminhamentos que possam aliviar a situação. Segundo a executiva, é fundamental encontrar uma solução rápida, já que a problemática é não apenas urgente, mas também complexa e que requer atenção a curto e médio prazo.

Por que os investimentos estão estagnados?

Um ponto crítico levantado por Gannoum foi a relação direta entre os cortes de geração e a retenção de investimentos na área. “Ninguém vai investir enquanto o ‘curtailment’ estiver presente”, disse ela, sublinhando a importância de um sistema que funcione de modo mais eficiente.

As causas dos cortes de geração

Os cortes de geração de energia são impulsionados por uma série de fatores, que incluem:

• Capacidade de escoamento da energia: Muitas vezes, a infraestrutura de transmissão elétrica não consegue suportar o volume de eletricidade gerada.
• Confiabilidade no suprimento de energia: Em situações de baixa demanda, é necessário limitar a geração para não comprometer a estabilidade do sistema.
• Excesso de oferta: Há momentos em que a quantidade de energia disponível supera a demanda do consumidor, levando a ajustes na produção.

A realidade é que a instalação de novas usinas eólicas já apresenta sinais de desaceleração, e essa situação é reflexo de desafios enfrentados pelos projetos, além da sobreoferta generalizada de energia no país.

Barreiras para o crescimento da energia eólica

Além dos cortes, outros fatores também contribuem para a diminuição do crescimento da energia eólica no Brasil:

• Dificuldades de conexão: Muitos projetos esbarram em problemas para se conectar à rede elétrica, limitando sua operação.
• Cadeia de fornecedores em crise: Com a falta de novas encomendas, os fornecedores enfrentam dificuldades, o que afeta diretamente a produção das usinas.

A necessidade de uma reavaliação estratégica

Diante desse cenário, é evidente que uma reavaliação é necessária. A indústria precisa de políticas que incentivem o aumento dos investimentos, a expansão da infraestrutura de transmissão e a resolução dos problemas de conexão à rede. Gannoum e sua equipe na ABEEólica estão empenhados em buscar essas soluções. A esperança é que com medidas efetivas, seja possível reverter a crise atual e criar um ambiente propício para o crescimento sustentável da energia eólica no Brasil.

Reflexões finais

O caminho à frente pode ser desafiador, mas as oportunidades são numerosas. Com a combinação certa de políticas públicas, inovação e diálogo entre o governo e a indústria, o Brasil ainda pode se afirmar como um líder em energia renovável, aproveitando ao máximo seus recursos naturais.

É hora de unir esforços para superar a crise e garantir um futuro energético mais sustentável. E você, leitor, como vê essa situação? Quais soluções você considera essenciais para o futuro da energia eólica no Brasil? O debate está aberto!