A Sombria Realidade da Extração Forçada de Órgãos na China: Um Olhar do Filme “State Organs”
No dia 21 de outubro, a Biblioteca Pública de Hockessin, localizada em Delaware, foi palco de uma apresentação impactante do documentário "State Organs". Este filme de 76 minutos expõe uma questão alarmante: a indústria de transplantes do regime chinês, que tem sido alimentada pela extração forçada de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong e outros prisioneiros de consciência.
A Narrativa Disturbadora
O documentário narra a angustiante busca de duas famílias cujos entes queridos desapareceram na China, revelando a triste realidade de um crime de estado. A jornada dessas famílias, que se estende por mais de 20 anos, culmina na descoberta de uma atrocidade que desafia a consciência humana.
Após a exibição do filme, os espectadores foram tocados profundamente. Entre eles, Cheng Peiming, um sobrevivente que ousou compartilhar sua história. Ele revelou que partes de seus órgãos foram removidas à força enquanto estava preso na China. O relato de Cheng deixou muitos chocados com a brutalidade dessa prática que perdura há décadas.
Reações e Compromissos Legislativos
Três legisladores da Assembleia de Delaware participaram do evento, expressando seu compromisso em intensificar os esforços para que o regime chinês cesse essa violação dos direitos humanos. Michael Ramone, líder da minoria da Câmara do Estado, manifestou seu desespero por ver a inércia da comunidade internacional diante de tão horrenda realidade.
“Tragédias acontecem todos os dias, e aquilo corta meu coração”, comentou Ramone, que estabeleceu um diálogo com Cheng e ficou impressionado com a coragem dele. Cheng sobreviveu à extração forçada de órgãos em 2004, escapou de uma nova tentativa em 2006 e chegou aos EUA em 2020 com o auxílio da ONU.
Ramone começou a Resolução Conjunta da Câmara 143, que condena essa prática, mas a proposta enfrentou resistência e foi bloqueada no Senado estadual.
Ocorrências Similar e a Necessidade de Ação
O senador David Lawson, que também co-patrocinou a resolução, descreveu o filme como um "verdadeiro alerta" sobre a necessidade urgente de sermos proativos em face de genocídios e assassinatos. Seu apelo por ação imediata ecoou em meio a discussões sobre a necessidade de interromper o apoio ao regime comunista chinês. Lawson sugeriu que legislações que impeçam o pagamento de seguro por transplantes realizados na China seriam passos importantes na luta contra esses crimes.
Diversos estados americanos, incluindo Idaho, Utah e Texas, já implementaram leis que proíbem o reembolso por procedimentos de transplante realizados na China, seguindo o exemplo de países como Israel, Espanha e Canadá.
Vozes em Uníssono: A Necessidade de Conscientização
Além dos legisladores, muitos participantes se manifestaram sobre a importância de se falar abertamente sobre essa realidade sombria. O deputado estadual Paul Baumbach, um dos co-patrocinadores da HR143, enfatizou que a narrativa do documentário retrata o sofrimento humano de forma visceral e impactante. "A grandeza da dor que estas pessoas suportam é difícil de compreender", afirmou.
Várias vozes de candidatos ao Senado dos EUA também uniram-se ao chamado por maior conscientização. O ex-senador estadual e candidato independente Mike Katz expressou seu descontentamento com a apatia do mundo diante das violações dos direitos humanos na China, classificando essa situação como "surpreendente e revoltante". Katz alertou que a infiltração da mentalidade comunista em terras americanas é um problema crescente, especialmente nas instituições acadêmicas.
A Urgência da Indignação e Movimento
Eric Hansen, outro candidato ao Senado, não hesitou em condenar a extração forçada de órgãos, definindo-a como uma tragédia que merece mais atenção e ação. “O fato de que o mundo não está mais ciente disso é alarmante”, disse Hansen, insistindo na necessidade de divulgar essa verdade.
O sentimento de urgência também permeou o discurso de outros candidatos a representantes estaduais, como Alex Homich e Chris Beronio, que destacaram a importância da educação e mobilização em torno desse tema. Homich exclamou: "É hora de abrirmos os olhos para o que está acontecendo, pois todos somos seres humanos, independentemente das fronteiras."
Mobilização e Ação Local
A sessão não apenas despertou a empatia, mas também motivou ações concretas. Muitos participantes assinaram uma petição em apoio ao Ato de Proteção ao Falun Gong, uma proposta de legislação que pode colocar sanções contra aqueles envolvidos na extração forçada de órgãos. Este ato, já aprovado na Câmara dos Representantes dos EUA, se propõe a responsabilizar os cúmplices desse crime hediondo.
"As pessoas precisam entender o que está em jogo e se unir para criar um impacto", disse a conselheira de saúde mental Delphine Baffone, que também participou do evento. Ela ressaltou a importância de nunca esquecer os horrores do passado e as lições que eles nos ensinam para o presente.
Uma Reflexão Necessária
A exibição do filme “State Organs” foi mais do que um simples evento; foi uma oportunidade para refletir sobre a real dimensão da extração forçada de órgãos e sobre a capacidade de cada um de nós de fazer a diferença. A sessão foi organizada pelo Rotary Satellite Club of CAAHT e contou com a participação de diversas organizações de defesa.
Através das histórias contadas, o público saiu com a responsabilidade de compartilhar essas narrativas. Uma mensagem poderosa ecoou: se não tomarmos uma posição agora, estamos, de certa forma, permitindo que essa atrocidade continue.
Se você se sente tocado por essa causa, considere se engajar. Falar sobre esses assuntos, criar consciência e participar de ações vai além de um ato; é um dever moral. Que possamos nos unir para garantir que essa parte da realidade humana não seja esquecida e que, juntos, possamos trabalhar por um mundo mais justo e humano.
