domingo, junho 29, 2025

Montanha-Russa do Mercado: As Ações que Despencaram e Explodiram nos Últimos 5 Anos Após a Pandemia!


O Impacto da Covid-19 no Mercado Financeiro: Lições do Carnaval de 2020

Introdução ao Cenário Econômico

Em fevereiro de 2020, o Brasil se preparava para a folia do Carnaval, mas um novo e desconhecido inimigo já se manifestava: a Covid-19. Enquanto a população aproveitava os blocos de rua, uma onda de incerteza se aproximava, mudando radicalmente o panorama econômico mundial. A pandemia não só abalou a saúde pública, como também provocou um choque nas ações, que ainda ecoa no presente.

Desempenho do Ibovespa: Vencedores e Perdedores

Um estudo realizado pela consultoria Elos Ayta trouxe à tona quais ações do Ibovespa se destacaram no período turbulento que se seguiu à pandemia. Sob a direção de Einar Rivero, a pesquisa revelou as empresas que não apenas sobreviveram à tempestade, mas também prosperaram, ao lado daquelas que enfrentaram perdas significativas.

Ações em Alta

Entre as estrelas do mercado, as ações da Petrobras brilharam intensamente. As classes PETR3 e PETR4 se destacaram com um aumento impressionante de 337% e 320%, respectivamente, impulsionadas pela alta nos preços do petróleo e uma política generosa de distribuição de dividendos. O diretor Rivero destaca que essa valorização não foi meramente um acaso; a estatal soube aproveitar a demanda crescente por energia em um mundo tentando se reerguer.

Outras empresas que se destacaram:

  • PRIO (PRIO3): cresceu cerca de 294% durante o mesmo período.
  • Embraer (EMBR3): apresentou uma alta de aproximadamente 202%.

Além das gigantes do petróleo, empresas ligadas à economia real, como SLC Agrícola (SLCE3), WEG (WEGE3) e Marcopolo (POMO4), também registraram expressivos ganhos. A demanda por infraestrutura e o crescimento do agronegócio foram fatores que influenciaram seu desempenho. Para se ter uma ideia, as altas foram de:

  • SLC Agrícola: 140%
  • WEG: 128%
  • Marcopolo: 124%

As empresas do setor elétrico, como Cemig (CMIG4), Copel (CPLE6) e Taesa (TAEE11), mostraram-se defensivas em meio à instabilidade econômica, com ganhos de 141%, 108% e 79%, respectivamente. Isso evidencia como setores essenciais conseguem manter a resiliência em tempos difíceis.

A Queda de Gigantes

Por outro lado, o cenário também revelou um quadro prenhe de dificuldades. O Magazine Luiza (MGLU3), um dos ícones do varejo, viu suas ações caírem vertiginosamente, em 94,79%. O impacto do cenário macroeconômico, o aumento das taxas de juros e a mudança no comportamento do consumidor contribuíram para essa tragédia financeira.

No setor de turismo, empresas como Azul (AZUL4) e CVC (CVCB3) enfrentaram uma tempestade, com quedas superiores a 90%. A crise pandêmica deu um golpe duro em setores que dependiam da circulação e da interação social.

Outros exemplos de quedas notáveis incluem:

  • Cogna (COGN3): -85%
  • Yduqs (YDUQ3): -78%
  • Hapvida (HAPV3): -79%
  • Fleury (FLRY3): -52%

Essas perdas evidenciam como o isolamento social e a migração para o ensino digital impactaram diretamente alguns setores, especialmente o varejo e a educação, que viram sua dinâmica mudar de forma abrupta.

Analisando as Tendências

A análise de Rivero destaca uma clara tendência: as empresas ligadas à economia real, como commodities e energia, estão em uma posição mais favorável comparadas às companhias de serviços, que têm enfrentado dificuldades devido às condições adversas de mercado.

A resiliência das empresas voltadas para necessidades essenciais se contrasta com a fragilidade das que dependem do consumo discricionário. Quando as incertezas crescem, as prioridades de consumo do público mudam, e a lógica do "bens necessários antes de bens desejados" prevalece.

Conectando os Pontos

Nas crises, as pessoas naturalmente buscam segurança e estabilidade. Empresas que oferecem bens e serviços essenciais encontram um caminho mais direto para a recuperação. No entanto, o que podemos aprender com esse cenário caótico?

  1. Diversificação: Se você é um investidor, diversificar suas apostas em setores menos voláteis pode ser uma estratégia segura.
  2. Anticipação: O planejamento diante de possíveis crises é fundamental. Saber quais setores tendem a se sobressair pode ser um diferencial.
  3. Conscientização do Consumidor: O comportamento do consumidor é mais do que uma tendência a se observar; é um reflexo de suas necessidades em determinado momento.

Olhando para o Futuro

Enquanto o Brasil e o mundo se recuperam das sequelas deixadas pela pandemia, é imperativo que tanto investidores quanto consumidores entendam os novos paradigmas do mercado. O ambiente financeiro é dinâmico e apresenta oportunidades, mas também riscos.

Portanto, o que você espera para o futuro da economia brasileira? Com as lições aprendidas, como você se prepararia para eventuais crises? O desafio agora é adaptar-se às novas realidades do mercado, mantendo-se informado e proativo. O diálogo e a atualização constante sobre o cenário econômico serão essenciais para construirmos um futuro mais estável e seguro.

Vamos continuar essa conversa! Compartilhe suas impressões sobre o impacto da Covid-19 no mercado financeiro e como você enxerga a trajetória das ações nos próximos anos. O aprendizado é um contínuo, e juntos podemos navegar melhor por essas incertezas.

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