Movida Apresenta Resultados Impressionantes no 3º Trimestre de 2024
No terceiro trimestre de 2024, a Movida (MOVI3), uma das líderes em locação de veículos e gestão de frotas, reportou um lucro líquido de R$ 78,2 milhões. Esse número representa uma recuperação significativa em relação ao prejuízo de R$ 65,7 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Quando analisamos o lucro líquido ajustado da empresa, que exclui eventos extraordinários, o valor sobe para R$ 90,6 milhões, em comparação ao prejuízo de R$ 63,7 milhões em 2023.
Desempenho Excepcional em um Trimestre que Costuma Ser Fraco
Surpreendentemente, a Movida conseguiu um desempenho sólido em um trimestre que geralmente é sazonalmente mais ameno. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) alcançou a marca de R$ 1,248 bilhão, registrando um crescimento expressivo de 43,7% no ano.
De acordo com Gustavo Moscatelli, CEO da Movida, os resultados refletem uma efetiva reprecificação das diárias no segmento de rent-a-car (RAC) e dos contratos na área de gestão e terceirização de frotas (GTF). “Estamos adotando uma gestão de custos com grande disciplina”, acrescentou Moscatelli durante uma entrevista ao InfoMoney.
Crescimento Notável na Receita Líquida
No período de julho a setembro, a receita líquida da Movida atingiu R$ 3,776 bilhões, o que representa um aumento significativo de 34,5% em relação ao mesmo trimestre de 2023.
Locação de Veículos Atinge Resultados Históricos
Dentro do total de faturamento, R$ 1,745 bilhão foi proveniente da locação de veículos, um resultado que cresceu 34,5% comparado ao ano anterior. A tarifa média consolidada para o setor de RAC subiu 14,1%, elevando a diária média para R$ 142. Em contrapartida, o tíquete médio de aquisição da frota sofreu uma leve queda de 4,9%, com um valor médio de R$ 78 mil, provavelmente em função do aumento da oferta de veículos populares na frota.
Um aspecto notável é que a rentabilidade medida pela taxa de retorno (yield) do RAC atingiu a meta traçada pela empresa para 2024, chegando a 4,2% ao mês. “A demanda está se mostrando muito resiliente, aceitando essa nova estrutura de preços”, afirmou Moscatelli. “Esse processo de reprecificação continuará nos próximos períodos, especialmente devido ao atual cenário econômico que inclui a elevação das taxas de juros.” O Ebitda do RAC subiu para R$ 1,255 bilhão, com uma elevação anual de 48,3%.
Crescimento Acelerado na Gestão e Terceirização de Frotas
A área de Gestão e Terceirização de Frotas está se destacando, com a receita crescendo 53,1%, totalizando R$ 889 milhões. O Ebitda correspondente atingiu R$ 676 milhões, marcando um crescimento de 56,8%. A receita mensal média por veículo alcançou R$ 2.696, expandindo-se em 23% em um ano.
Com o avanço significativo de novos contratos, a Movida já projeta uma receita futura contratada de R$ 6,9 bilhões neste setor. “Esse segmento traz maior previsibilidade para os nossos resultados, contribuindo para um fluxo de caixa estável, especialmente em períodos de volatilidade econômica”, destacou o CEO.
Apostando no Segmento de Seminovos
Outro ponto forte foi a receita líquida de seminovos, que cresceu impressionantes 48,4%, atingindo R$ 2 bilhões em comparação ao terceiro trimestre de 2023. Durante este mesmo período, a empresa vendeu 30,6 mil veículos, um aumento de 49,1% em relação ao ano anterior, mantendo o preço médio por veículo vendido estável em R$ 67.729.
Desempenho da Frota e Gestão de Custos
Ao final do trimestre, a frota média da Movida era de 248 mil veículos, dos quais 217 mil estavam em operação – sendo 124 mil no segmento de GTF (um aumento de 21,9%) e 87 mil em RAC (crescimento de 10,3%). Embora a companhia tenha conseguido reduzir os custos de operação na área de rent-a-car em 10%, as despesas consolidadas aumentaram 45,2%, totalizando R$ 2,71 bilhões.
Endividamento e Liquidez
Em termos de endividamento, A Movida encerrou o terceiro trimestre com uma dívida de R$ 14,1 bilhões, representando um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior. No entanto, o índice de alavancagem, medido pela proporção entre a dívida líquida e o Ebitda, apresentou um recuo significativo, alcançando 3,1 vezes, marcando a primeira queda deste indicador no ano. Além disso, a companhia encerrou o período com R$ 4 bilhões em caixa, o que oferece um respaldo financeiro considerável.
Esses resultados expressivos da Movida no terceiro trimestre de 2024 não apenas destacam a capacidade da empresa em se adaptar e prosperar em um ambiente desafiador, mas também solidificam sua posição como líder no mercado de locação de veículos e gestão de frotas. A combinação de estratégias de reprecificação, controle de custos e um portfólio diversificado permitirá à empresa continuar navegando eficazmente nas complexidades do cenário econômico atual.
Observe que a Movida aparenta estar em uma trajetória positiva e consistente, e é importante que tanto investidores quanto consumidores fiquem atentos às suas próximas movimentações. Quais serão os próximos passos dessa marca em um mercado tão dinâmico? Compartilhe suas opiniões e observações nos comentários!