Pague Menos: Desempenho Impressionante e Inovações no Canal Digital
A Pague Menos (PGMN3) continua a surpreender neste trimestre com resultados positivos nas principais áreas de seu balanço financeiro. Embora a margem bruta tenha sentido um leve recuo, respaldada pela estratégia de ampliar as vendas de medicamentos prescritos, a empresa teve um desempenho robusto em receita, lucro líquido e margem EBITDA. Vamos explorar os detalhes.
Resultados Financeiros em Alta
Nos primeiros três meses de 2025, a Pague Menos reportou um lucro líquido de R$ 13 milhões, uma impressionante reversão em relação ao prejuízo de R$ 23 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. A receita subiu 17,1%, alcançando R$ 3,62 bilhões.
Jonas Marques, CEO da Pague Menos, compartilha sua visão sobre o desempenho da empresa: “No ano passado, a pergunta que nos fazia era se conseguiríamos manter um crescimento acima de 15%, mesmo diante de um cenário externo desafiador.” A resposta está na estratégia voltada para clientes que necessitam de cuidados contínuos, com investimentos em pessoas, execução, força de vendas e marketing.
Profundidade nos Medicamentos Prescritos
O crescimento de clientes que precisam de medicamentos prescritos foi um dos principais impulsionadores desse desempenho. A participação dos medicamentos de marca cresceu 2,3% em relação ao ano anterior, totalizando 41,6% das vendas. Luiz Novaes, CFO da Pague Menos, comenta: “Um crescimento de dois pontos em uma categoria que já representa 40% das vendas totais é significativo. Isso mostra que os clientes com demandas crônicas estão fazendo mais visitas às nossas lojas, recebendo um atendimento de qualidade e encontrando os produtos que precisam.”
Desafios na Margem Bruta
Apesar dos resultados positivos, a margem bruta da empresa apresentou uma retração de 0,5% em comparação ao ano anterior. Essa queda é atribuído ao fato de que os medicamentos de prescrição costumam ter margens menores, impactando na performance geral. Contudo, a margem EBITDA apresentou um crescimento anual de 1%, atingindo 4,1%, evidenciando que a Pague Menos está navegando habilidosamente pelas águas desafiadoras do mercado.
Expansão de Participação de Mercado
A Pague Menos continua a conquistar espaço em diversas regiões do Brasil. No Nordeste, a empresa obteve um ganho de 0,8% de market share, enquanto no Centro-Oeste cresceu 0,4%. Isso reflete a eficácia da estratégia de expansão e fortalecimento da marca em áreas onde a concorrência é acirrada.
Canal Digital: Um Novo Horizonte
Outra área que merece destaque é o canal digital da Pague Menos, que registrou um crescimento de 4,2% em comparação ao ano anterior e 53,6% em relação ao trimestre anterior. Com R$ 639 milhões em vendas, esse canal já representa 17,6% do total de vendas da empresa.
Contudo, desde o início de 2024, a Pague Menos identificou problemas com seu aplicativo, como atrasos na entrega e dificuldades relacionadas a descontos. Para resolver essas questões, a empresa alocou orçamento e formou uma equipe dedicada a melhorias, refletindo seu comprometimento com a experiência do consumidor.
Jonas Marques afirma: “Estamos aceleração o que podemos em nossa estratégia de omnicanalidade.” Isso significa que a empresa está focada em criar uma experiência fluída entre loja física e digital, facilitando a vida dos clientes.
Redução de Alavancagem: Um Passo Importante
Um dos focos de Jonas Marques ao assumir a liderança da Pague Menos foi a redução da alavancagem. Com base nas antecipações de recebíveis, o endividamento da empresa é de 2,77 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses, uma diminuição de 1,09 vezes em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
A empresa não divulga metas específicas, mas pretende continuar reduzindo este número e planeja abrir novas lojas de forma mais contida, apostando em um crescimento mais sustentável. Marques destaca: “Não precisamos abrir tantas lojas para continuar crescendo, mantendo a eficiência.”
Enfrentando Desafios Financeiros
A Pague Menos se prepara para enfrentar o aumento do custo de captação de recursos no Brasil, que atualmente giram em torno de 15% ao ano. A desalavancagem está permitindo à empresa renegociar contratos e rolar suas dívidas, na busca por taxas de juros mais favoráveis.
No primeiro trimestre de 2025, a despesa financeira da empresa foi R$ 7 milhões maior em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao impacto dos juros nas operações financeiras. Atualmente, a Pague Menos está lidando com um custo de captação equivalente a Selic + 1,7%, e está otimista em trazer essa taxa para mais próximo de 1,5%.
O Futuro da Pague Menos
Com seus resultados financeiros em alta e inovações no canal digital, a Pague Menos se destaca como uma das principais varejistas de saúde do Brasil. A empresa está comprometida em melhorar a experiência do cliente, expandir sua presença de mercado e reduzir sua alavancagem.
Em resumo, a trajetória da Pague Menos demonstra que a combinação de uma estratégia centrada no cliente, investimento em tecnologia e gestão financeira eficiente pode levar a resultados impressionantes, mesmo em tempos desafiadores.
E você, o que acha das estratégias adotadas pela Pague Menos? Deixe sua opinião nos comentários!