quarta-feira, abril 30, 2025

Perigo à Vista: A Queda na Produção dos Submarinos da Classe Virgínia e o Desafio à Supremacia Naval dos EUA Frente à China


Submarinos da Classe Virginia: Desafios e Implicações para a Segurança Nacional

O Cenário Atual da Construção Naval

Recentes declarações do deputado Ken Calvert, presidente do Subcomitê de Apropriações de Defesa da Câmara dos EUA, revelam uma situação alarmante relacionada ao programa do submarino da classe Virginia. Com previsão de ultrapassar o orçamento em impressionantes US$ 17 bilhões até 2030 e um atraso de pelo menos dois a três anos, o programa enfrenta sérios desafios. Esses dados foram compartilhados ao público, mas de maneira intrigante, a Marinha já estava ciente dessa situação há mais de um ano e só notificou o Congresso no início de setembro.

A Importância dos Submarinos

Os submarinos são considerados os pilares da Marinha quando se trata de enfrentar potências como China e Rússia. O envio de subs modernos para o mar é vital para garantir a segurança nacional e a presença militar americana em regiões estratégicas. Mas, segundo o gabinete de Calvert, o nível de transparência e de registros mantidos sobre o progresso da construção naval é, no mínimo, questionável. O secretário Del Toro, em uma recente revisão dos processos de construção naval, identificou uma série de problemas críticos que incluem:

  • Maturidade do projeto
  • Problemas na transição entre classes de submarinos
  • Questões de produção e força de trabalho de design
  • Estratégias de aquisição e contratos
  • Desafios na cadeia de suprimentos
  • Escassez de mão-de-obra qualificada

Esses problemas levantam questões sobre a capacidade da Marinha de manter a integridade de seus programas de construção naval.

O Impacto no Programa Virginia

A atualização mais recente sugere que o programa Virginia não só está enfrentando um crescimento de custos significativo, mas também que os submarinos mais antigos da classe Los Angeles estão se aproximando da aposentadoria. O que isso significa? Mesmo que a Marinha consiga prorrogar a vida útil de alguns desses submarinos por mais alguns anos, a realidade é que há mais submarinos sendo aposentados do que novos sendo comissionados.

Números em Declínio

Segundo um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso (CRS), espera-se que a força de submarinos de ataque (SSN) dos Estados Unidos diminua para 46 embarcações até 2030, com uma lenta recuperação esperada apenas após esse período. Contudo, as novas informações sobre a situação do programa Virginia indicam que essa previsão pode ser ainda mais pessimista, levando o número real a cair abaixo dos 46 submarinos.

Comparação com a China: Uma Percepção Alarmante

Enquanto os submarinos da Marinha dos EUA enfrentam dificuldades, a situação da China é bastante diferente. A expectativa é que a China conte com 65 submarinos de ataque até 2025, alcançando 80 até 2035. Isso inclui uma frota de submarinos a diesel-elétricos, que são altamente eficazes e furtivos, colocando os Estados Unidos em uma desvantagem estratégica.

Disponibilidade da Frota

Além das preocupações com a capacidade de construção, um relatório também revelou que apenas 63% dos submarinos de ataque dos EUA estão disponíveis para a implantação. A tendência indica que essa porcentagem deve diminuir ainda mais, o que levanta a crucial questão: estamos preparados adequadamente para um potencial conflito com potências que já estão ampliando suas frotas?

Uma Produção Atrasada e Custos Explosivos

Se esperássemos que a Marinha dos EUA entregasse dois submarinos por ano para substituir os antigos 688i aposentados, a produção real de apenas 1,2 a 1,4 submarinos por ano mostra um cenário preocupante. Comparando com a década de 1980, quando a Marinha conseguia construir quatro submarinos de ataque anualmente em um ritmo que acompanhava a demanda, hoje o cenário é bem diferente.

A Escassez de Estaleiros

Desde a década de 1960, os Estados Unidos perderam 13 estaleiros que poderiam contribuir para a construção de novos submarinos, deixando apenas sete estaleiros ativos que, em grande parte, pertencem a quatro grandes contratantes. Em contraste, a China opera mais de 20 estaleiros que não apenas produzem navios militares, mas também sustentam uma indústria de construção naval comercial robusta.

  • Consequências: A implicação disso é clara: a China não só tem uma capacidade de produção naval vastamente superior, mas também um suporte financeiro e industrial que fortalece sua infraestrutura militar.

O Desafio do Custo

O custo de aquisição de submarinos também deve ser considerado. O submarino anterior da classe Los Angeles custava cerca de US$ 1,83 bilhão, enquanto um novo submarino da classe Virginia agora custa impressionantes US$ 4,8 bilhões cada. Mesmo que os novos submarinos sejam maiores e mais sofisticados, a relação custo-benefício está sendo cada vez mais questionada.

Caminhos para a Melhoria

Embora a Marinha tenha tomado iniciativas para expandir sua base industrial, como a construção de um novo estaleiro no Alabama, os problemas subjacentes persistem. O fato de que a Marinha reteve informações críticas sobre o estado do programa Virginia só exacerba as preocupações.

Propostas de Ação

Para reverter essa tendência, torna-se imprescindível que:

  • O Congresso inicie reformas no setor de defesa, responsabilizando os empreiteiros de defesa.
  • Reformulação da capacidade de construção naval, buscando soluções que aumentem a eficiência e a competitividade.
  • A inclusão de submarinos a diesel-elétricos como parte da estratégia pode trazer flexibilidade ao poder submarino americano.

Considerações Finais

Diante de toda a situação apresentada, é vital que os Estados Unidos reavaliem suas prioridades de defesa e construção naval. A capacidade de manter uma frota de submarinos competitiva é crucial não apenas para a segurança nacional, mas também para garantir a presença americana em um mundo cada vez mais volátil.

A pergunta que fica é: o que precisamos fazer para que o país possa manter sua posição de liderança nas águas internacionais? O futuro da Marinha dos EUA e, por extensão, a segurança do país podem depender das decisões que tomamos hoje. Compartilhe suas opiniões e experiências sobre esses desafios e o que você acredita que deve ser feito.

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