O presidente Lula (PT) fez declarações polêmicas sobre a atuação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmando que ele estaria “trabalhando para prejudicar o Brasil”. As críticas de Lula surgiram durante uma entrevista à rádio CBN, na qual ele também mencionou um encontro entre Campos Neto e Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro do governo Bolsonaro.
Segundo Lula, Campos Neto não demonstra autonomia, tem um lado político e estaria prejudicando o país mais do que ajudando. Além disso, o ex-presidente criticou a presença de Campos Neto em um jantar de homenagem feito por Tarcísio, insinuando que o presidente do BC estaria se posicionando politicamente e já teria planos de ser Ministro da Fazenda em um eventual governo de Tarcísio.
Essa troca de farpas entre Lula e Campos Neto não é algo novo. No início do mandato de Lula, o presidente e seus aliados já haviam criticado duramente o presidente do BC em relação à manutenção da taxa básica de juros em 13,75%.
Apesar disso, o conflito foi amenizado ao longo do tempo, com a intervenção de outras figuras políticas importantes, como Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que trabalhou para apaziguar a disputa entre Lula e Campos Neto.
Em resumo, as críticas de Lula a Campos Neto revelam discordâncias sobre a atuação do Banco Central e a condução da política econômica. Essa discussão, que não é inédita na política brasileira, evidencia as tensões entre diferentes atores e interesses envolvidos no cenário econômico do país.