A Inovação em TI e a Inteligência Financeira: Como as Empresas Podem Otimizar Seus Orçamentos
A competitividade no mercado exige que as empresas estejam sempre em transformação. O cenário atual, marcado por cortes orçamentários em diversas áreas, coloca a tecnologia em uma posição crítica. A transformação digital é uma prioridade, mas, paradoxalmente, o orçamento de Tecnologia da Informação (TI) muitas vezes é um dos primeiros a ser reduzido. Vamos explorar como as organizações podem otimizar seus recursos tecnológicos sem comprometer a inovação.
O Cenário Atual: Desafios e Oportunidades
Conversamos com dois líderes da consultoria em tecnologia Rimini Street: o CEO Seth Ravin e o CFO Michael Perica. Ambos compartilham insights sobre a realidade que muitas empresas enfrentam: orçamentos apertados e a necessidade de priorizar investimentos.
Redução de Gastos: Ravin aponta que cortes de 20% a 30% nos orçamentos de TI são uma realidade. Perica complementa que muitas empresas estão reavaliando seus planos, sem incluir projetos de longo prazo que exigem investimentos iniciais significativos.
- A Importância da Centralização: Existe um desperdício significativo, com estimativas de que até 30% do orçamento de TI é mal utilizado. Essa ineficiência é muitas vezes gerada pela descentralização, onde diferentes departamentos compram software sem aprovação da TI.
O Divórcio entre TI e Decisões de Compra
Por que tantas empresas acumulam contratos desnecessários? A resposta está na fragmentação das decisões de compra. Muitas soluções são adquiridas simplesmente por causa de métodos como "shadow IT", em que equipes compram serviços sem o conhecimento de TI:
- Seth Ravin revela que, em suas experiências, encontrou 30% a mais do que o previsto no orçamento devido a contratações não autorizadas.
- Isso resulta em formação de um complexo sistema disperso, dificultando a gestão eficiente e centralizada, levando a um aumento de custos sem a devida necessidade.
Esses contratos desnecessários abarrotam a infraestrutura tecnológica da empresa, tornando ainda mais urgente a centralização e análise do portfólio de TI.
Escolhas Difíceis: A Necessidade de Coragem
Num ambiente onde os orçamentos estão encolhendo, a inovação deve ser pensada de forma estratégica. Ravin destaca a necessidade de tomar decisões difíceis sobre quais tecnologias manter e quais dispensar. É aqui que a abordagem “caminho inteligente” da Rimini Street se torna relevante:
- Investimentos Estratégicos: As empresas devem pautar seus investimentos em tecnologia com base no retorno imediato e nas necessidades reais de operação. A sugestão é adiar upgrades desnecessários e focar em soluções que garantam a continuidade e a eficiência.
Pergunte a si mesmo: "O que realmente trará valor à minha organização?"
A Revolução da IA: Uma Oportunidade de Inovação
O uso da inteligência artificial (IA) está em plena ascensão, e as empresas que souberem integrá-la em suas estratégias terão uma vantagem competitiva considerável. No entanto, os líderes enfrentam um dilema: como cortar custos enquanto investem em inovação? Aqui estão algumas estratégias:
- Aproveitar o que já existe: Em vez de buscar constantemente novas tecnologias, analise o que já está em operação e como pode ser melhor utilizado.
- Centralizar dados: Reunir informações em um só lugar pode facilitar a adaptação de sistemas e permitir uma aplicação mais eficaz da IA.
- Enfrentar a pressão dos fornecedores: Não se deixe levar pelas promessas de atualizações. Priorize o que realmente trará eficiência e competitividade.
Ravin sugere que, para não se perder em atualizações incessantes, as empresas devem se concentrar na sua infraestrutura atual e nas melhorias que podem ser realizadas sem descartar completamente sistemas que ainda funcionam bem.
O Valor do Retorno Sobre o Investimento (ROI)
As empresas precisam de resultados tangíveis de seus investimentos em tecnologia. Com a realidade econômica atual, é essencial que:
- O ROI seja imediato: As ações precisam levar a economias claras e operacionais. As ferramentas de automação são essenciais nesse processo.
- Reavaliar o que já foi implementado: Muitas vezes, os sistemas em operação podem ser otimizados para eficiência sem a necessidade de grandes investimentos.
Perica observa que o foco deve ser na geração de resultados rápidos, não apenas em promessas de longo prazo que muitas vezes não se concretizam.
Reflexões Finais
A inovação em TI, aliada à inteligência financeira, pode ser o diferencial que as empresas precisam para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. No entanto, a verdadeira chave está na coragem de tomar decisões difíceis, na centralização de recursos e na busca pela eficiência.
As organizações que conseguirem fazer isso, aproveitando suas infraestruturas já existentes, estarão melhor posicionadas para não apenas sobreviver, mas prosperar neste novo cenário. E você, já pensou em como a sua empresa pode otimizar seus gastos em tecnologia? Comente abaixo e compartilhe suas experiências!