Texto adaptado e traduzido do inglês, publicado pela matriz americana do Epoch Times.
Ucrânia Recebe Empréstimo Significativo para Fortalecer Defesa na Guerra Contra a Rússia
A Ucrânia acaba de receber um empréstimo substancial de £2,26 bilhões, destinado à compra de equipamentos militares essenciais em sua luta contínua contra a invasão russa. Esta importante decisão foi divulgada pelo governo ucraniano e representa um passo significativo no fortalecimento de suas capacidades de defesa.
Financiamento e Reembolso
O empréstimo, que será reembolsado com os lucros dos ativos russos que foram sancionados e congelados no exterior, reflete um esforço para assegurar que a Rússia arque com os danos causados à Ucrânia. Esses ativos foram bloqueados após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, e a utilização desses fundos numa nova estratégia de defesa tem o apoio do governo britânico.
Esse financiamento é parte de um programa maior estabelecido pelo G7, que se comprometeu a destinar US$50 bilhões (equivalente a cerca de £38,52 bilhões) para ajudar a Ucrânia em suas necessidades militares, orçamentárias e de reconstrução. Durante uma cúpula realizada em Apúlia, na Itália, em junho, os líderes do G7 reconheceram a importância de enviar esse apoio diretamente a Kyiv.
Apoio Diplomático e Legalidade Internacional
“O compromisso da Rússia, de acordo com o direito internacional, de reparar os danos infligidos à Ucrânia é inegável, e este acordo do G7 é um avanço significativo para garantir que isso ocorra”, disse o Tesouro britânico em um comunicado.
Para formalizar esse suporte, o governo do Reino Unido irá apresentar uma legislação que facilitará a transferência dos recursos para a Ucrânia nas próximas semanas.
Compromissos Adicionais do Reino Unido
Esse novo empréstimo soma-se a um compromisso pré-existente do governo britânico de fornecer £3 bilhões anualmente em ajuda militar, além dos £12,8 bilhões já estabelecidos em assistência militar, econômica e humanitária.
O Secretário de Defesa, John Healey, junto à Ministra das Finanças, Rachel Reeves, anunciou os detalhes desse empréstimo após visita a soldados ucranianos em treinamento sob a supervisão das forças britânicas. Já foram treinados mais de 45.000 militares ucranianos como parte da Operação Interflex, que agora se estenderá até pelo menos o final de 2025.
Equipamentos e Recursos para a Ucrânia
O governo afirmou que o empréstimo será direcionado para aquisição de equipamentos militares de primeira linha, como artilharia e sistemas de defesa aérea. Em suas palavras, Healey ressaltou: “Utilizando o recurso gerado a partir dos ativos russos sancionados, temos a capacidade de reverter a situação contra a máquina de guerra de Putin. Esse investimento imediato irá fortalecer diretamente a defesa da Ucrânia, aproveitando fundos que anteriormente sustentavam a agressão russa.”
De acordo com Healey, o Reino Unido está intensificando o apoio à Ucrânia, com esforços para acelerar a entrega de equipamentos vitais e fortalecer a base industrial de defesa. “Permaneceremos ao lado da Ucrânia pelo tempo que for necessário”, garantiu ele.
Rachel Reeves adicionou que o apoio contínuo à Ucrânia é vital para a segurança do Reino Unido. “A linha de frente da nossa defesa – a proteção da nossa democracia e valores comuns – se encontra nas trincheiras da Ucrânia. Uma Ucrânia estável e segura resulta em um Reino Unido igualmente seguro e estável,” destacou.
Reino Unido Reforça seu Compromisso com a Defesa Europeia
Recentemente, o Reino Unido também anunciou que milhares de tropas estarão em prontidão para envio à Estônia como parte de um acordo que entrará em vigor em julho de 2025. Este acordo, assinado por Healey e seu homólogo estoniano, posicionará a 4ª Brigada do Exército em “alta prontidão”, permitindo que soldados sejam deslocados rapidamente para o flanco oriental da OTAN em até 10 dias após um chamado.
Healey enfatizou que esse compromisso é um reflexo do papel do Reino Unido dentro da aliança da OTAN, focando na segurança coletiva da região.
O Secretário de Defesa também participou de reuniões na sede da OTAN em Bruxelas, onde se discutiu a implementação de um novo sistema de defesa aérea, o “Diamond”, que terá como objetivo integrar as capacidades de defesa antimísseis dos Estados-membros e colaborar no desenvolvimento de novas armas de longo alcance.
O Convite de Zelenskyy e Restrições em Armamentos
Um ponto de destaque nasDiscussões recentes foi o apelo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, durante a reunião dos ministros da Defesa da OTAN, para que fossem levantadas as restrições sobre o uso de mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente. A intenção é que esses armamentos possam ser empregados contra alvos russos, a fim de auxiliar na defesa da Ucrânia.
Entretanto, até agora, os líderes ocidentais não manifestaram apoio explícito a esse pedido, pois o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia é proibido devido ao receio de que isso intensifique ainda mais as tensões entre a OTAN e Moscou. Recentemente, Putin advertiu que permitir tais ações poderia significar que os países da OTAN estariam em guerra com a Rússia.
Um Olhar para o Futuro
A situação na Ucrânia continua a evoluir, assim como as respostas da comunidade internacional. O empréstimo do Reino Unido representa não apenas um suporte financeiro, mas também um fortalecimento da resposta global à agressão russa. O agosto de 2024 é um ponto fundamental, com mais treinamentos e recursos sendo direcionados para apoiar os defensores ucranianos em sua busca por soberania e justiça.
À medida que os eventos se desenrolam, a colaboração entre as nações e a resposta às necessidades da Ucrânia se tornam um tema central. Como o Reino Unido e outras nações planejam participar desta luta pela democracia e pela autodeterminação da Ucrânia é um tópico que merece atenção.
Esta trama de solidariedade internacional pode servir como uma fonte de inspiração, mostrando que mesmo em tempos de crise, a união e a determinação são fundamentais para enfrentar a adversidade. O futuro da Ucrânia e, consequentemente, da segurança global, está em jogo, e a resolução desse desafio pode moldar o equilíbrio de poder no mundo.
O chamado à ação é claro: refletir sobre nossas responsabilidades e sobre como podemos, individualmente ou em conjunto, contribuir para um mundo mais seguro e justo.
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