Fundo Imobiliário RECT11 Respira Novamente: Mudanças Estratégicas para Aumentar o Fluxo de Caixa
O fundo imobiliário RECT11 deu um passo significativo em sua recuperação financeira ao implementar mudanças nas condições de pagamento dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Este ajuste está vinculado à aquisição do Edifício Barra da Tijuca Corporate, localizado no Rio de Janeiro, e pode ser o fator que permitirá ao fundo reequilibrar sua situação financeira.
Ajustes nas Amortizações dos CRIs
Recentemente, RECT11 obteve a aprovação dos credores em assembleia para um importante alívio no fluxo de caixa. A proposta inclui uma carência de 12 meses para o pagamento das amortizações dos CRIs, que começará a contar a partir de julho de 2025. Durante este intervalo, o fundo seguirá realizando pagamentos mensais de R$ 1,395 milhão, um valor que será corrigido pelo IPCA, voltado para juros e atualização monetária dos títulos.
Contexto da Decisão
Esse movimento não é inédito; desde julho de 2024, o fundo já havia conseguido suspendê-las por um ano, o que reflete o esforço contínuo da gestão para administrar a dívida principal, que é de impressionantes R$ 75,5 milhões, de acordo com o relatório gerencial mais recente.
Estratégias Atraentes para Equilibrar as Contas
Além da suspensão nas amortizações, uma mudança relevante na gestão foi a decisão de direcionar metade da remuneração da consultoria de investimentos para abater R$ 4 milhões do saldo devedor de um dos CRIs. Esse valor será quitado em quatro parcelas trimestrais, programadas para julho e outubro de 2025, e janeiro e abril de 2026. Esses passos visam garantir a sustentabilidade financeira do RECT11 e podem oferecer um fôlego adicional já em um futuro próximo.
Mantendo o Foco na Locação
A gestora REC afirmou que seguirá comprometida com a locação de espaços atualmente vagos e no esforço de venda de ativos. Tal rigor será essencial para melhorar o desempenho e a saúde financeira do fundo.
Renovação de Contrato e Oportunidades Futuras
Em um movimento positivo, RECT11 anunciou a renovação antecipada de um contrato com a Amil, uma relevante empresa no setor de saúde suplementar. O novo acordo, que se estende por 60 meses, corresponde a um espaço de 3.899,27 metros quadrados no edifício Emiliano Corporate em Curitiba (PR). O reajuste do contrato não impactará inicialmente a distribuição de dividendos, o que representa uma boa notícia para os cotistas.
Poder de Negociação e Riscos
Essa renovação evidencia a capacidade de negociação do fundo e poderá contribuir para a estabilidade de sua receita. Entretanto, é crucial que os investidores estejam cientes das complexidades da situação financeira do RECT11, que embora tenha recebido um alívio, ainda enfrenta desafios significativos.
Desempenho no Mercado: Oportunidade para Investidores?
Com um portfólio que abrange nove edifícios e uma área bruta locável (ABL) de 91.342 metros quadrados, o RECT11 está entre os fundos imobiliários mais descontados em relação ao valor patrimonial. Atualmente, sua taxa de vacância é de cerca de 10%, e o patrimônio líquido é estimado em R$ 777,1 milhões, o que leva as ações do fundo a serem negociadas a R$ 33,04, refletindo um desconto de aproximadamente 63%.
O Que Isso Significa Para os Investidores?
Os investidores podem ver isso como uma oportunidade, pois o RECT11 foi retirado da carteira teórica do IFIX – que reúne os principais fundos do mercado – entre maio e agosto. Isso pode ser um sinal de alerta, mas também uma chance de entrar em um ativo que pode recuperar seu valor.
Conclusões e Perspectivas para o RECT11
A situação do fundo RECT11 nos mostra que, apesar dos desafios, há uma oportunidade de recuperação. As mudanças nas condições de pagamento e a renovação de contratos são passos estratégicos que podem ajudar a estabilizar o fundo a curto prazo. No entanto, é vital que os investidores sigam atentos, considerando os riscos e as possibilidades que o mercado imobiliário brasileiro ainda reserva.
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