Onde Estamos na Transição Energética? Reflexões da COP30 em Belém
Com a COP30 acontecendo em Belém, surge a pergunta: como estamos na transição energética? Uma pesquisa do McKinsey Global Institute nos traz insights valiosos sobre essa transformação. O cenário atual é uma “história de muitas transições”, exigindo que líderes compreendam as nuances para traçar caminhos eficazes. À medida que a inovação, a geopolítica e a crescente demanda por dados impactam o setor, uma análise aprofundada se torna essencial.
Progresso na Transição Energética
Vamos dar uma olhada geral. O avanço na implementação de tecnologias de baixas emissões tem sido melhor do que o esperado, mas ainda não está no ritmo necessário para cumprir as metas do Acordo de Paris. Até o final de 2024, percebemos que cerca de 13,5% das tecnologias necessárias para 2050 estavam em uso. Esse número, embora superior ao de dois anos atrás, ainda está longe do que precisamos para evitar um aquecimento global acima de 2°C.
O que isso significa, na prática? Aqui estão alguns dados importantes:
- Capacidade de Geração de Energia: Entre 2022 e 2024, a capacidade anuais de geração de energia renovável praticamente dobrou, chegando a cerca de 600 gigawatts.
- Mobilidade Sustentável: No segmento de veículos, até 2025, um em cada quatro novos carros vendidos globalmente era elétrico.
- Minerais Críticos: A demanda por esses minerais, essenciais para tecnologias verdes, cresceu com rapidez.
Desigualdade nas Transições Energéticas
Avanços de Velocidade Variada
A transição não é uniforme em todos os setores. Enquanto áreas como a geração de energia avançam rapidamente, outras, como a captura de carbono e a indústria, permanecem estagnadas. O progresso desigual se destaca em três frentes:
- Setores com Avanço Acelerado: Onde a economia, a segurança energética e as metas de redução de emissões convergem, o progresso tem sido notável.
- Áreas em Lenta Evolução: Nos setores de edifícios, hidrogênio, captura de carbono e indústria, a implementação de soluções sustentáveis está bem atrasada.
- Desigualdade Regional: Enquanto a China é o maior emissor e também o líder em capacidade solar e eólica, outras economias emergentes, como a Índia, estão fazendo progressos significativos.
O Futuro está em Jogo
À medida que olhamos para frente, encontramos uma divisão clara entre os desafios que já se mostraram mais simples e aqueles que exigirão um esforço considerável. Aqui estão alguns desafios cruciais:
- Descarbonização de Processos Pesados: Reduzir emissões em indústrias pesadas ainda é um obstáculo.
- Eficiência do Hidrogênio: Surpreendentemente, apenas 10% dos projetos de hidrogênio alcançaram decisão final de investimento em 2024, e mais de 50 projetos foram cancelados.
Oportunidades e Desafios
Mas nem tudo está estagnado. Novas portas estão se abrindo, gerando oportunidades inesperadas:
- Avanços na Eletrificação: Tecnologias de baterias e aquecedores de alta intensidade estão ampliando as possibilidades de descarbonização em setores como transporte e construção.
- Energia Limpa: Fontes de energia como a nuclear, geotérmica e gás com captura de carbono estão ganhando mais espaço devido a políticas públicas favoráveis e à crescente demanda dos data centers.
O Papel dos Líderes na Transição
Diante dessa complexidade, o que os líderes devem fazer? Isso é fundamental para progredir de forma eficaz. Aqui estão algumas diretrizes:
Identificação de Oportunidades: Setores que estão se movimentando rapidamente oferecem oportunidades que não podem ser ignoradas. A execução disciplinada é chave para manter e acelerar o progresso.
Inovação nos Desafios: Nas áreas onde o avanço está estagnado, a inovação contínua é essencial. Isso significa não apenas desenvolver novas tecnologias, mas também entender como elas interagem e como os mercados podem ser estruturados para apoiar sua adoção.
Agilidade é Fundamental: O cenário energético está em constante evolução. Os líderes precisam ser flexíveis, prontos para abandonar abordagens antiquadas em favor de novas estratégias.
Rumo ao Futuro Energético
Criar um caminho para a redução de emissões que seja acessível, confiável e competitivo exige uma profunda aceitação da complexidade da transição energética. Aqueles que forem capazes de navegar por essas águas de incerteza, adaptando-se às muvucas e frenesis do mercado, estarão em uma posição privilegiada.
À medida que continuamos a observar e participar dessa jornada, é imperativo que todos nós reflitamos sobre nosso papel. Como podemos contribuir para uma transição energética mais eficaz em nossas comunidades? Este é um momento crucial e, ao unirmos esforços, podemos efetivamente moldar o futuro.
Agora, queremos ouvir você. Quais são suas opiniões sobre a transição energética? Deixe seus comentários abaixo e compartilhe suas reflexões!
As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade de seu autor e não refletem necessariamente as opiniões da Fortune.




