O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, abordou a questão da inflação no Brasil e destacou a incerteza em relação aos seus componentes. Em um evento da gestora 1618 Investimentos, ele mencionou que, apesar de haver alguma melhora, o país ainda enfrenta desafios nesse aspecto. Campos Neto também ressaltou que, ao contrário de outros países, tanto o Brasil quanto a Rússia estão projetando aumentos nas taxas de juros.
Além disso, o presidente do BC mencionou as vantagens do Brasil no cenário de transição energética, citando a disponibilidade de energia barata e renovável em larga escala. No entanto, ele enfatizou a importância da implementação de uma agenda de abertura comercial para o país.
Campos Neto ressaltou a relação entre a queda sustentada dos juros e os “choques positivos” na seara fiscal, mencionando eventos como a aprovação do teto dos gastos e do arcabouço fiscal. Ele pontuou que a harmonia monetária depende da harmonia fiscal e defendeu um ajuste mais sério e rápido da dívida pública brasileira.
Além disso, Campos Neto abordou a importância da autonomia financeira e administrativa do Banco Central, destacando o trabalho realizado durante seu mandato para fortalecer essa independência. Ele frisou a necessidade de os próximos presidentes da instituição valorizarem a autonomia operacional como fundamental para a condução da política monetária, ressaltando a importância da aprovação da autonomia operacional do BC.
Por fim, ele concluiu enfatizando a importância de avançar nesse aspecto, afirmando que a autonomia financeira e administrativa do Banco Central é essencial para garantir uma política monetária eficaz.