terça-feira, abril 29, 2025

China e Rússia Fortalecem Aliança Militar em Pequim: O Que Esperar da Reunião Entre Andrei Belousov e Zhang Youxia?


Fortalecimento das Relações Sino-Russas: Uma Aliança em Tempos de Tensão Internacional

Recentemente, China e Rússia se uniram de forma ainda mais explícita em sua aliança, após importantes encontros entre os oficiais de defesa dos dois países. A reunião, que ocorreu em Pequim, surge em um momento em que ambos enfrentam pressão internacional, especialmente dos Estados Unidos, e se prepara para um encontro entre os líderes Xi Jinping e Vladimir Putin na Rússia na próxima semana.

Reuniões Estratégicas em Pequim

No dia 15 de outubro, o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, encontrou-se com Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido Comunista Chinês, que é o principal órgão de decisão militar do país. Durante o encontro, Belousov enfatizou o alinhamento das visões e estratégias de ambos os países, destacando que “a Rússia e a China compartilham a mesma avaliação sobre a situação atual e as ações necessárias a serem tomadas em conjunto”. Esse tipo de declaração ressalta a intenção de fortalecer ainda mais a parceria estratégica entre as nações.

Feedback Positivo sobre as Negociações
Belousov descreveu as discussões com o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, como extremamente produtivas. Ele ressaltou que os esforços dos líderes, Xi Jinping e Vladimir Putin, têm sido fundamentais para o desenvolvimento dessa relação. “Nosso objetivo é não apenas mantê-la, mas também expandi-la”, afirmou.

Por sua vez, Zhang festejou a relação sino-russa, que ele considerou ter alcançado “um nível histórico”, reafirmando o compromisso das duas potências em manter um desenvolvimento saudável e estável. Zhang também pediu um aprofundamento nas relações militares, destacando a importância de proteger suas respectivas soberanias e interesses nacionais.

A Parceria Sem Limites

Esse estreitamento de laços não é novidade. Em fevereiro de 2022, Putin e Xi declararam uma parceria “sem limites”, pouco antes da Rússia iniciar sua invasão da Ucrânia. No documento produzido por ambos, a Rússia apoiou os interesses territoriais da China em relação a Taiwan, enquanto a China se opôs à expansão da OTAN — um dos fatores que motivaram a invasão da Ucrânia.

Desde então, a China tem se abstido de criticar as ações de Moscou, ao mesmo tempo em que ampliou significativamente seu comércio com a Rússia, que chegou a impressionantes US$ 240 bilhões no ano passado. Este aumento nas transações comerciais tem sido crucial para a Rússia, especialmente em um cenário repleto de sanções econômicas aplicadas por nações ocidentais.

Jogos de Guerra e Mobilizações Militares

A visita de Belousov à China coincide com uma série de exercícios militares promovidos pelo Exército chinês, especialmente em torno de Taiwan. No dia anterior à chegada do ministro da Defesa russo, a China conduziu uma nova manobra militar de grande escala, provocando reações negativas de diversos países, incluindo EUA, UE, Reino Unido e Japão.

Exercícios Conjuntos com a Rússia
Além disso, durante a mesma data, a marinha chinesa participou de exercícios conjuntos com a marinha russa no noroeste do Oceano Pacífico, com ênfase em “combate com fogo prático”. Esses treinos táticos mostram uma clara intenção de cooperação militar que vai além de simples declarações políticas.

O Encontro dos Líderes

A visita de Belousov também serve como um aquecimento para o que promete ser um importante encontro entre Putin e Xi na Rússia, previsto para a próxima semana. Xi foi convidado para a cúpula do BRICS, programada para começar em 22 de outubro, em Kazan. O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, manifestou entusiasmo em receber o líder chinês, ao mesmo tempo que Li Qiang, primeiro-ministro da China, reforçou a união entre as duas nações.

Interesses Autocráticos em Foco
Os líderes de ambas as nações enfatizam a importância de se levantar em defesa de seus interesses, especialmente em um contexto global em que as democracias ocidentais muitas vezes se opõem a regimes autocráticos. Durante discussões recentes, Li afirmou que China e Rússia permanecem firmes juntas em questões essenciais relacionadas aos seus interesses fundamentais.

A Resposta das Potências Ocidentais

As movimentações de China e Rússia não passaram despercebidas pelos EUA. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, expressou sua preocupação com o apoio da China à indústria bélica da Rússia, especialmente à medida que as sanções foram ampliadas contra quase 400 entidades e indivíduos. Segundo Blinken, uma parte significativa dos suprimentos industriais da Rússia, como ferramentas de máquina (70%) e microeletrônicos (90%), provém da China.

Impacto das Sanções
As sanções ocidentais têm por objetivo enfraquecer a capacidade de guerra da Rússia, mas as alianças formadas com a China podem complicar esse cenário. Blinken declarou: “Não estamos tentando separar a Rússia da China, mas não podemos ignorar o impacto que essa relação tem na continuidade da guerra russa na Ucrânia”.

Reflexão sobre um Novo Mundo Multipolar

As ações contemporâneas de China e Rússia sinalizam um movimento em direção a um mundo multipolar, onde as potências autocráticas buscam se contrabalançar em relação às democracias ocidentais. As discussões e a colaboração crescente entre esses países nos forçam a refletir sobre um futuro onde os alinhamentos de poder estão mudando rapidamente.

Conexões e Interesses Comuns
À medida que China e Rússia aprofundam suas relações, fica evidente que estão moldando uma nova dinâmica internacional que desafia a hegemonia ocidental. Isso pode levar a uma série de mudanças, não apenas na política global, mas também nas economias e sociedades ao redor do mundo.

Em última análise, acompanhar a evolução desta aliança Sino-Russa é fundamental para entender os desafios e as oportunidades que estão por vir em um cenário geopolítico em constante transformação. O futuro promete ser complicado, mas fascinante, e é essencial que estejamos atentos para o que está por vir. Que tipo de mundo queremos, e quais alianças devem ser construídas para alcançar essa visão?

Estamos diante de um novo capítulo nas relações internacionais. Como você vê essa evolução? Compartilhe suas opiniões e reflexões nos comentários!

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