Os analistas do Citi divulgaram um relatório recente sobre o Magazine Luiza (MGLU3), com uma perspectiva pouco otimista para as ações da empresa, reduzindo o preço-alvo em 36%. A casa de análise mantém uma recomendação neutra/alto risco para as ações do Magazine Luiza, com um preço-alvo revisado de R$ 11,50, ante os R$ 18 anteriores.
Em seu relatório, os analistas do Citi destacaram que a estratégia do Magalu para melhorar as margens tem avançado bem, superando as previsões no segundo trimestre deste ano. Eles também apontaram a recuperação das lojas físicas e o impacto positivo da maior penetração de serviços na margem bruta. No entanto, eles veem um crescimento limitado no e-commerce no médio prazo, devido ao cenário macroeconômico desfavorável e à concorrência internacional crescente.
Especificamente, as taxas de juros elevadas foram apontadas como um fator que aumenta as despesas financeiras do Magalu e pressiona a previsão de lucro. Com isso, a previsão de lucro foi reduzida em 28% para 2025, totalizando R$ 516 milhões.
Apesar de as ações MGLU3 serem negociadas a 14 vezes o preço sobre o lucro para 2025, os analistas do Citi afirmam que isso reflete adequadamente seu perfil de crescimento mais modesto, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7,5% entre 2025 e 2028.
Para o balanço do Magazine Luiza referente ao terceiro trimestre de 2024, o Citi projeta um lucro líquido ajustado de R$ 46 milhões, com um GMV total de R$ 15,6 bilhões e uma margem bruta de 30,9%. O Ebitda ajustado deve alcançar R$ 697 milhões, com margem de 7,9%, de acordo com os analistas.
Em resumo, o Magazine Luiza enfrenta desafios em meio a um cenário econômico desafiador e uma concorrência internacional crescente, o que levou o Citi a reduzir o preço-alvo das ações. A casa de análise recomenda cautela aos investidores, considerando os riscos e desafios que a empresa enfrenta.