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“Precisamos da união e do comprometimento de todos para assegurar que o agro siga como um motor da economia nacional, sempre com foco na competitividade e na sustentabilidade.” Essa é a mensagem de João Martins da Silva Junior, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ao lançar a Agenda Legislativa do Agro 2025, um documento crucial para o setor, que foi divulgado na última quarta-feira (26).
Prioridades para o Agro: O que está em jogo?
Destinada aos senadores da República, a Agenda Legislativa enumera as principais demandas do setor agropecuário brasileiro, abordando assuntos relevantes como:
- Regulamentação da reforma tributária;
- Direitos de propriedade;
- Pautas ambientais e trabalhistas;
- Assuntos fundiários;
- Relações internacionais.
Com o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o objetivo da CNA é detalhar os desafios enfrentados pelo setor agro e buscar soluções práticas junto às esferas políticas do Brasil. O documento mapeia cerca de 100 proposições legislativas, reforçando que a segurança jurídica, a competitividade e a previsibilidade regulatória são fundamentais para que a agropecuária continue contribuindo para o desenvolvimento do país.
Regulamentação tributária: um ponto crítico
A regulamentação da reforma tributária é um dos tópicos mais delicados da agenda. Embora a CNA tenha apoiado o modelo aprovado em 2023, ela enfatiza a necessidade de ajustes para que o setor rural não seja prejudicado. As demandas incluem:
- Isenção de impostos para produtos da cesta básica;
- Alíquotas reduzidas para insumos agropecuários;
- Facilitação na devolução de créditos tributários;
- Opção de não adesão ao novo sistema tributário para pequenos produtores.
A entidade está atenta também ao debate sobre o Imposto Seletivo, que está em fase de formulação, e insiste que determinados produtos, como combustíveis e veículos, não se tornem barreiras para a agroindústria.
Defesa da propriedade e regularização fundiária
A defesa da propriedade privada permeia toda a Agenda da CNA. O texto destaca preocupações com inseguranças jurídicas resultantes de conflitos agrários, demarcações de terras indígenas e ocupações irregulares. A confederação defende projetos como o PL 1320/2024, que impede a desapropriação de áreas invadidas, e a PEC 48/2021, que estabelece um marco temporal para demarcações indígenas.
Um ponto crucial é a necessidade de acelerar a regularização fundiária, especialmente na Amazônia Legal. A CNA sugere a utilização de tecnologias modernas, como o sensoriamento remoto, para facilitar a titulação de posseiros de boa-fé. A entidade também critica a ação de movimentos sociais na vistoria de terras improdutivas, uma função que acredita ser de competência exclusiva do Incra.
Desafios ambientais: equilibrar produção e preservação
Quando se trata do meio ambiente, a CNA propõe uma visão de “ambientalismo pragmático”. O setor reconhece seu papel na preservação de biomas, mas critica a burocracia excessiva e visões que, segundo eles, dificultam uma produção sustentável.
Assim, a confederação apoia o PL 2159/2021, que estabelece um novo marco para o licenciamento ambiental, e defende regras claras para biomas como o Pantanal. Contudo, é contra a moratória do desmatamento no Cerrado (PL 4203/2019), argumentando que esta poderia desincentivar investimentos e afetar o direito de uso da terra. Outra crítica diz respeito ao Decreto nº 12.189/2024, que aumenta as penalidades ambientais, desvirtuando o ônus da prova e comprometendo os direitos dos produtores rurais.
Relações internacionais e seu impacto no agro
A CNA posiciona o setor agro dentro do contexto geopolítico internacional. Um ponto crucial é a nova Lei de Desmatamento da União Europeia (EUDR), que impõe rigorosas exigências para a entrada de produtos agropecuários no bloco, causando receios em relação às exportações brasileiras de carne, soja, cacau e café.
Para mitigar esses desafios, a confederação apoia projetos como o PL 1406/2024 e o PL 2088/2023, que introduzem o princípio da reciprocidade ambiental. Isso significa que o Brasil só firmará acordos comerciais que incluam cláusulas ambientais se outros países fizerem o mesmo. Além disso, a CNA defende acordos comerciais, como os com a União Europeia e Singapura, que poderiam expandir o acesso a novos mercados e diversificar as exportações do Brasil.
Trabalho no campo: flexibilidade e segurança para o produtor
No que diz respeito às relações trabalhistas, a CNA propõe uma legislação mais adequada à realidade do campo. Ela apoia propostas como o PL 715/2023, que regulariza contratos safristas sem a perda de benefícios sociais, e o PL 1127/2024, que cria a figura do trabalhador rural avulso, promovendo mais formalização nas atividades rurais.
A confederação também critica algumas propostas legislativas que, segundo ela, aumentariam os custos e a burocracia para o empregador rural. Um exemplo é a extensão da aposentadoria especial e as exigências adicionais para atividades realizadas a céu aberto, que, na visão da CNA, podem prejudicar a competitividade do setor.
Pensando no futuro do agro
A Agenda Legislativa do Agro 2025 da CNA é um importante passo para fortalecer e proteger o setor agropecuário brasileiro. Com propostas robustas e um olhar atento às necessidades do campo, a entidade busca assegurar que o agro continue sendo um pilar da economia nacional.
Agora, é sua vez de participar dessa discussão! O que você pensa sobre as propostas apresentadas? Quais são, na sua opinião, os principais desafios que o setor enfrenta? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias. Vamos juntos construir um futuro mais sustentável e próspero para a agricultura e pecuária brasileiras!
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