Mudanças na parceria entre Méliuz e Banco Votorantim: O que esperar?
A Méliuz, empresa conhecida pelo seu sistema de cashback, recentemente anunciou alterações significativas em sua colaboração com o Banco Votorantim (BV). Essas mudanças têm gerado expectativas em relação ao impacto na receita e rentabilidade da empresa até 2025, conforme apontado por análises da XP. Neste artigo, vamos explorar o que isso significa na prática e como o mercado deve monitorar essa situação nos próximos anos.
O que mudou na parceria?
O Banco Votorantim decidiu não exercer a sua opção de compra de ações da Méliuz, enquanto, simultaneamente, as duas entidades renegociaram os termos do acordo comercial. Essa decisão revela um desvio estratégico que pode acarretar importantes consequências financeiras.
Impactos diretos nos ganhos
Como resultado dessa reestruturação, a Méliuz (CASH3) deverá perceber uma diminuição em alguns de seus recebimentos:
- Ativações de cartões de crédito: A quantidade paga por ativações diminuirá, afetando diretamente a receita.
- Contas correntes: Uma redução nos valores associados às contas que envolvem a parceria com o BV.
- Volume transacionado: A companhia também verá uma queda nos ganhos sobre o volume de transações realizadas com cartões emitidos pelo banco.
Essa revisão da parceria, que permanece vigente até 2033, será novamente avaliada ao final de 2025. Segundo estimativas do setor, essa mudança pode resultar numa receita líquida reduzida em aproximadamente R$ 7 milhões por trimestre.
O efeito no EBITDA
A métrica de EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é crucial para investidores e analistas, pois fornece uma visão clara da eficiência operacional de uma empresa. Para a Méliuz, a previsão é de que a margem EBITDA em 2025 seja impactada, levando uma redução significativa:
- Previsão de R$ 20 milhões: A queda no EBITDA pode chegar a 30%, diminuindo a expectativa anterior de R$ 66 milhões.
Notificações importantes: A opção de compra e governança
Além das alterações financeiras, o BV também comunicou oficialmente que não exercerá a opção de compra de ações, que tinha como prazo final março de 2025. Dado que essa opção estava "fora do dinheiro", essa decisão não surpreendeu o mercado.
Outro ponto relevante é que o FIP BV encerrou seu Acordo de Voto com a Méliuz, resultando na saída de um representante do banco do Conselho de Administração da empresa. Essa movimentação sugere um distanciamento do Banco Votorantim em relação à governança da Méliuz.
O que o futuro reserva?
De acordo com os analistas da XP, a revisão da parceria destaca os desafios enfrentados pela estratégia de monetização do BV, através dos produtos financeiros da Méliuz. O mercado deve, portanto, prestar atenção especial ao processo de renegociação que ocorrerá no final de 2025. Os desdobramentos dessa situação poderão determinar se a colaboração continuará.
Cenários possíveis
Existem duas direções que essa parceria pode tomar nos próximos anos:
- Aperfeiçoamento dos resultados: Se a performance da Méliuz melhorar substancialmente, um realinhamento positivo entre as empresas pode ser viável.
- Desempenho insatisfatório: Caso contrário, a Méliuz e o BV terão que avaliar a continuidade da parceria ou optar por explorar novas oportunidades de negócio.
Considerações Finais
Diante do panorama atual, a XP reavaliou a recomendação sobre as ações da Méliuz, impulsionada pela incerteza nos rumos estratégicos que se desenham. Os próximos passos da administração serão de grande relevância e devem ser abordados na teleconferência de resultados do 4T24, planejada para 20 de março de 2025.
Essa é uma fase de observação cuidadosa para investidores e interessados no mercado financeiro. Quais serão os desdobramentos dessa parceria e como isso afetará o cenário econômico da Méliuz nos próximos anos? Estamos todos ansiosos para ver como essa história se desenrolará. Compartilhe suas opiniões e vamos debater sobre o futuro da Méliuz e suas potencialidades!
